Doze anos de terror na Europa
O atentado de quinta-feira em França foi o último de uma série de ataques terroristas em solo europeu. Começaram em Madrid e provavelmente não terminarão em Nice.
11 de Março de 2004: É hora de ponta em Madrid quando bombas explodem em quatro comboios interurbanos. Morrem 191 pessoas.
7 de Julho de 2005: Quatro seguidores da Al-Qaeda fazem-se explodir em três metropolitanos e um autocarro, em Londres. Morrem 52 pessoas.
2 de Março de 2011: O extremista islâmico Arid Uka dispara mortalmente contra dois oficiais da Força Aérea norte-americana e deixa outros dois feridos no aeroporto de Frankfurt.
2 de Novembro de 2011: Depois da publicação de uma caricatura do Profeta Maomé, a redacção do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, é alvo de um ataque bombista que não deixa feridos.
22 de Julho de 2011: O extremista anti-islâmico Anders Behring Breivik faz um ataque bombista em Oslo e lança-se de seguida num massacre na ilha de Utoya, onde decorria um encontro da juventude do Partido Trabalhista. No total, morrem 77 pessoas, muitas adolescentes.
11, 15 e 19 de Março de 2012: Um homem que teria ligações à Al-Qaeda mata três crianças judias, um rabi e três pára-quedistas em Toulouse, no Sul de França.
22 de Maio de 2013: Dois extremistas inspirados pela Al-Qaeda atacam mortalmente o soldado Lee Rigby numa rua de Londres.
24 de Maio de 2014: Um homem armado com uma Kalashnikov entra no Museu Judaico de Bruxelas e dá início a um tiroteio que deixa quatro mortos. O atacante era de nacionalidade francesa e teria ligações ao grupo Estado Islâmico na Síria.
7 a 9 de Janeiro de 2015: Na manhã de dia 7, dois islamistas irrompem pela redacção do jornal Charlie Hebdo, durante a reunião de editores, e matam a tiro 12 pessoas, incluindo o polícia que fazia a segurança do edifício. No dia seguinte, outro atacante assassina uma polícia e no dia 9 faz vários reféns num supermercado kosher de Paris. Antes de ser abatido pelas autoridades, mata quatro dos sequestrados. Os atentados, reivindicados pela Al-Qaeda da Península Arábica ainda em resposta à caricatura de Maomé, espoletaram uma onda de solidariedade mundial com o slogan “Je suis Charlie”.
14 de Fevereiro de 2015: Omar El-Hussein assassina o realizador dinamarquês Finn Noergaard e deixa três polícias feridos em Copenhaga. Um dia mais tarde, ataca uma sinagoga, matando um guarda judeu e ferido dois agentes antes de ser abatido.
13 de Novembro de 2015: Extremistas ligados ao Estado Islâmico atacam a sala de concertos Bataclan e outros locais de entretenimento de Paris quase em simultâneo. O balanço termina com 130 mortos e 368 feridos. Dois dos 10 atacantes conhecidos eram cidadãos belgas e três franceses. Um dos principais suspeitos, Salah Abdeslam, é detido em Bruxelas no dia 18 de Março de 2016.
12 de Janeiro de 2016: Um bombista suicida que entrou na Turquia como refugiado sírio faz-se explodir entre um grupo de turistas no centro histórico de Istambul. Doze alemães não sobrevivem e vários estrangeiros ficam feridos.
19 de Março de 2016: Um bombista suicida faz-se explodir na Rua Istiklal, a zona comercial mais popular de Istambul, matando três turistas israelitas e um iraniano. O Ministério do Interior atribui o atentado a um membro do Estado Islâmico.
22 de Março de 2016: Ataques suicidas contra o aeroporto e o metropolitano de Bruxelas fazem 32 mortos. Os atacantes tinham ligações ao grupo responsável pelos atentados de Novembro em Paris.
14 de Junho de 2016: Um francês de origem marroquina espanca até à morte um agente da polícia à porta de sua casa, num subúrbio de Paris, e mata de seguida a sua companheira, que também trabalhava para a polícia.
28 de Junho de 2016: Três homens armados abrem fogo no exterior do terminal internacional do Aeroporto Ataturk, em Istambul; dois deles entram no edifício e fazem-se explodir, o terceiro faz detonar os explosivos à entrada. Morrem 55 pessoas e centenas ficam feridas. O Governo turco atribuiu a responsabilidade a seguidores do Estado Islâmico originários da ex-União Soviética.
14 de Julho de 2016: Um francês de origem tunisina faz embater um camião contra a multidão que se tinha juntado para comemorar o Dia da Bastilha, na cidade de Nice, provocando a morte de pelo menos 84 pessoas e deixando várias dezenas de feridos. O atacante é abatido pela polícia ainda dentro do veículo.