Atentados em Londres fizeram mais de 50 mortos

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Matthew Cavanaugh/EPA

Os atentados de ontem em Londres "fizeram mais de 50 mortos" e pelo menos 700 feridos, entre os quais 22 estão em estado crítico, anunciou hoje Ian Blair, chefe da Polícia Metropolitana da capital britânica, em conferência de imprensa.

Ian Blair precisou ainda que o número de mortos não deverá ultrapassar os 100 e que em dois locais em que rebentaram bombas - no autocarro que circulava na Tavistock Square e na estação de metro de Russel Square - está a ser complicado recuperar os restos mortais das vítimas. O chefe da polícia informou que pelo menos 100 pessoas passaram a noite no hospital.

O comissário fez questão de manifestar a sua admiração pelos habitantes de todas as comunidades que vivem na capital britânica depois dos atentados terroristas de ontem, que segundo este responsável "têm a marca da Al-Qaeda".

Contrariando os testemunhos de várias pessoas que viajavam no autocarro - citados hoje pela maior parte dos jornais ingleses - Ian Blair revelou que não há para já nenhum indício que sugira a versão de um atentado suicida. Hoje de manhã, o ministro da Administração Interna britânico, Charles Clarke, afirmou que a hipótese de um ataque suicida está a ser "levada em consideração" pelas autoridades.

Na conferência de imprensa de hoje foi também garantido que "não existem mais bombas" nos locais ontem atingidos, mas foi admitida a hipótese de haver uma célula terrorista activa na Grã-Bretanha.

A polícia está "empenhada de uma forma implacável" em descobrir os autores dos atentados. Uma jornalista da BBC confrontou o chefe da polícia com o facto de o nível de ameaça terrorista no Reino Unido ter baixado em Junho, mas Ian Blair afirmou que "não há nenhuma informação que sugira falhas nos serviços de segurança" britânicos.

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