Portugal é o país que mais recebe jogadores de futebol brasileiros

Segundo o relatório mensal do Observatório de Futebol, o Brasil é o país que mais exporta futebolistas e Portugal é o seu principal destino. Exportação geral aumentou 19,2% desde 2020.

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Wenderson Galeno é um avançado brasileiro no plantel do FC Porto MANUEL FERNANDO ARA??šJO / EPA
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Portugal é o país que mais recebe jogadores de futebol brasileiros, segundo o relatório do mês de Maio do Observatório de Futebol. O mesmo relatório avança que o Brasil, pentacampeão mundial, é o maior exportador de futebolistas, com cerca de 1338 jogadores exportados.

Apesar de se manter como o principal destino, a presença de expatriados do Brasil em Portugal diminuiu face a 2020 (menos 34 jogadores). Por outro lado, o número de jogadores brasileiros aumentou em destinos menos habituais, como é o caso da Coreia do Sul, com mais 26 jogadores, e dos Estados Unidos, com mais 18.

Curiosamente, os dois últimos vencedores do Campeonato do Mundo da FIFA, França e Argentina são os segundos e terceiros maiores exportadores, com 1091 e 995 jogadores exportados, respectivamente.

O Brasil mantém-se como o maior exportador mas, face a 2020, teve um crescimento substancialmente menor se comparado a França e Argentina. O Brasil exportou mais 86 jogadores, contra números acima dos 200 dos outros dois países.

Os jogadores que cresceram nos três maiores países ao nível da exportação representam 22,4% de todos os jogadores expatriados nas 135 ligas estudadas.

Dos 1091 jogadores exportados por França, 83 encontram-se em ligas europeias, sendo, assim, o maior fornecedor desse continente. A Argentina, por sua vez, lidera a lista nas equipas sul-americanas e a Colômbia ocupa a principal posição na América do Norte e Central. O Brasil é o maior exportador na Ásia, com 410 jogadores.

Para além da ligação do Brasil para Portugal, há outras relações entre origem e destino a sublinhar. Os franceses para o Luxemburgo, os argentinos para o Peru, os croatas para a Bósnia, os ingleses para a Escócia e os alemães para a Áustria.

O relatório afirma que há uma ligação nestas transacções comuns: "Vê-se uma maior migração de jogadores dos países mais desenvolvidos em termos futebolísticos para os menos desenvolvidos." As ligações em concreto podem também ser motivadas por questões linguísticas, de proximidade geográfica e de fluxos migratórios não relacionados com o futebol.

No geral, o número de expatriados aumentou 19,2% desde 2020, passando de 12.841 para 15.310, um novo recorde. A Europa lidera enquanto destino de jogadores expatriados, mas o aumento mais acentuado face a 2020 foi registado na América do Sul (mais 41,9%). A mobilidade de jogadores através de transferências transnacionais é uma realidade cada vez mais acentuada, independentemente do quão elevado é o escalão de futebol profissional.

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