Kristalina Georgieva reeleita directora-geral do FMI

Kristalina Georgieva assume um segundo mandato de cinco anos à frente do FMI a partir de 1 de Outubro. Reeleição aconteceu por consenso. FMI estima um crescimento da economia global de 3% este ano.

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A directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, reeleita esta sexta-feira EPA/JIM LO SCALZO
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A búlgara Kristalina Georgieva foi eleita para um segundo mandato de cinco anos como directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou a organização.

Georgieva, de 70 anos, era a única pessoa candidata à sua própria sucessão e, segundo comunicou o FMI, a eleição esta sexta-feira decorreu por consenso. O novo mandato inicia-se a 1 de Outubro deste ano.

Segundo o Conselho Executivo do FMI, a liderança de Georgieva é “forte e ágil”; e, nos últimos anos, deu “resposta sem precedentes” às crises globais.

Antiga vice-presidente da Comissão Europeia e antiga directora-geral do Banco Mundial, Georgieva recebeu o apoio explícito da Alemanha, Espanha, França, assim como da União Europeia, para continuar no cargo. Em 2019, beneficiou de uma mudança nos estatutos do FMI relativa ao limite de idade, permitindo que a sua candidatura fosse válida.

Num discurso divulgado após a sua reeleição, Kristalina Georgieva disse sentir-se honrada com a confiança dada e que, nos últimos anos, sob a sua liderança, o organismo com sede em Washington (Estados Unidos) “ajudou os países membros a enfrentar choques sucessivos, incluindo a pandemia, guerra e os conflitos, e a crise do custo de vida”,

Afirmou ainda que foi intensificado o trabalho em temas como as alterações climáticas e a transição digital, que ganham importância na estabilidade macroeconómica e financeira, crescimento e emprego, e que continuará a fazer com que o FMI contribua para que os países enfrentem os desafios globais.

Tradicionalmente, o director-geral do FMI é o candidato proposto pelos países europeus e o presidente do Banco Mundial o proposto pelos Estados Unidos — uma repartição contestada por vários países, em particular a China, Índia, Brasil e Rússia, que querem um papel de maior destaque em instituições internacionais. Em meados de 2023, foi designado como presidente do Banco Mundial o indo-norte-americano Ajay Banga.

O FMI estima um crescimento da economia global de 3% este ano, impulsionada pelos Estados Unidos e países emergentes. Na próxima semana, o FMI e o Banco Mundial realizam as suas reuniões da Primavera, em que actualizarão as estimativas do crescimento global.

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