Jonathan Majors, uma estrela de Hollywood em rápida ascensão antes de as acusações de violência doméstica terem feito descarrilar a sua carreira, evitou a prisão e foi condenado a um ano de aconselhamento sobre violência doméstica na segunda-feira, depois de ter sido considerado culpado de ter agredido a sua antiga namorada.

A sentença foi imposta pelo juiz Michael Gaffey do Supremo Tribunal do Estado, em Manhattan, onde Majors foi condenado a 18 de Dezembro por uma acusação de agressão de terceiro grau e assédio de segundo grau contra Grace Jabbari.

Majors podia ser condenado a até um ano de prisão, mas os promotores do gabinete do procurador distrital de Manhattan recomendaram o aconselhamento. Ele também deve continuar a terapia e manter-se afastado de Jabbari.

Priya Chaudhry, uma advogada de Majors, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da Reuters. No mês passado, Jabbari processou Majors por difamação, agressão, violência física e perturbação emocional, numa queixa civil apresentada no tribunal federal de Manhattan.

Majors, de 34 anos, ganhou fama ao protagonizar o filme The Last Black Man in San Francisco, de 2019, e mais tarde angariou elogios pelo seu trabalho nos sucessos de bilheteira Creed III e Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania.

Majors interpretou o vilão Kang, o Conquistador, em várias produções da Marvel Studios, incluindo Quantumania, e esperava-se que retornasse ao papel num lançamento de 2026, Vingadores: Dinastia Kang. Mas os seus problemas legais levaram ao fim da sua relação com a Marvel, que o afastou após a condenação.

Entretanto, a Walt Disney retirou outro filme de Majors, Magazine Dreams, da sua grelha de lançamentos em Outubro passado.

O processo criminal contra Majors teve origem numa altercação ocorrida em Março de 2023 num SUV alugado que deixou Jabbari, a sua namorada na altura, com um dedo partido, um braço e uma orelha inchados.

Jabbari testemunhou que Majors a atacou depois de ela ter agarrado no telemóvel dele onde viu uma mensagem de texto de outra mulher, torcendo-lhe o braço atrás das costas e batendo-lhe na cabeça. Disse ainda que Majors tinha um “temperamento violento” e “explodiu” de raiva noutras ocasiões.

A procuradora-adjunta Kelli Galaway disse ao juiz, antes da sentença, que a “completa falta de remorsos” de Majors e os maus-tratos que infligiu a Jabbari “tornam ainda mais provável a reincidência deste arguido sem uma intervenção séria e presencial através de programas de violência doméstica”.

Como muitos arguidos criminais, Majors não testemunhou. O seu advogado alegou que Jabbari atacou Majors e acusou-o falsamente de agressão depois de terem terminado a relação.

O julgamento durou duas semanas e os jurados absolveram Majors de duas outras acusações.