Faltar à tomada de posse do Governo não é radicalismo?
A presença na Ajuda não é uma subscrição do programa do Governo – é uma demonstração de respeito pela transição do poder num regime democrático, que a esquerda diz estar em perigo existencial.
Precisamente porque não estamos a viver dias normais; precisamente porque estamos a habitar um tempo em que cada gesto é analisado ao pormenor, convém que os partidos políticos e os seus líderes pensem bem na dimensão simbólica de cada um dos seus actos – e muito em particular o que significa faltar à tomada de posse de um governo democraticamente eleito no actual contexto político. O PCP não esteve presente. O Bloco de Esquerda não esteve presente. Rui Tavares não esteve presente. Pedro Nuno Santos não esteve presente. Não serão todas estas ausências um gesto de puro radicalismo? Ou o radicalismo em 2024 é um exclusivo do Chega?
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