Passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassam níveis de 2019

Em 2023 movimentaram-se nos aeroportos portugueses 67,5 milhões de passageiros, mais sete milhões do que em 2019. Reino Unido continuou a liderar como país de origem e destino.

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Tráfego aéreo nacional bateu "novo recorde", segundo a NAV Portugal Nuno Ferreira Santos
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O movimento de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassou em 2023 os níveis registados antes da pandemia de covid-19, atingindo 67,5 milhões de passageiros, mais do que os 60,11 milhões de 2019 e do que os 56,7 milhões de 2022.

“Desde o início de 2023, têm-se verificado máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais” e, de acordo com os dados preliminares divulgados pelo INE esta quarta-feira, no conjunto do ano passado, “aterraram nos aeroportos nacionais 243,8 mil aeronaves em voos comerciais (mais 12,0% face a 2022) e foram movimentados 67,5 milhões de passageiros (mais 18,9%)”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais em 2023, não se verificaram alterações quanto aos cinco principais países de origem e de destino dos voos. “O Reino Unido manteve-se o principal país de origem e de destino dos voos, registando crescimentos de 16,5% no número de passageiros desembarcados e 16,9% no número de passageiros embarcados”, revelou o INE.

França e Espanha mantiveram a segunda e a terceira posições e a Alemanha, “apesar de ter registado os menores crescimentos, em ambos os sentidos [passageiros embarcados e desembarcados], manteve a quarta posição”.

Itália ocupou a quinta posição e registou os maiores crescimentos em embarques e desembarques nos aeroportos nacionais (Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Madeira, Porto Santo, Beja, Horta, Flores, Santa Maria, Terceira, Pico, Graciosa, São Jorge, Corvo, Portimão, Bragança, Cascais, Vila Real e Viseu).

Em 2023, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,8% do total de passageiros (33,6 milhões), tendo crescido 19,1% em comparação com 2022 (e 7,9% em comparação com 2019). Mas, considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, o aeroporto do Porto registou o maior crescimento face a 2022 (de 20,3%) e 2019 (de 16%).

No último mês de 2023, “registou-se o desembarque médio diário de 75,9 mil passageiros” nos aeroportos nacionais, acima dos 69,4 mil e 66,2 mil desembarques diários de Dezembro de 2022 e Dezembro de 2019, respectivamente. No conjunto do mês, “movimentaram-se 4,5 milhões de passageiros e 20,2 mil toneladas de carga e correio, correspondendo a variações de mais 9,3% e mais 10,7%, respectivamente, face a Dezembro de 2022”, revelou o INE.

Em comparação com Dezembro de 2019, registaram-se aumentos de 13,7% e 3,6%, em passageiros e carga, respectivamente.

Segundo o INE, em Dezembro, aterraram nos aeroportos nacionais 17,4 mil aeronaves em voos comerciais, correspondendo a 4,5 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos directos). Cerca de 82% dos passageiros que desembarcaram nos aeroportos nacionais no final do ano passado (num total de 1,9 milhões de passageiros) corresponderam a tráfego internacional, mais de dois terços dos quais (68,3%) do continente europeu (mais 8,9%).

“O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,4% do total de passageiros desembarcados (mais 21,2%)”, de acordo com o INE.

“Novo recorde de tráfego”

De acordo com os números também hoje divulgados pela empresa que gere a navegação aérea em Portugal, a NAV, no ano passado foram controlados um total de 852,7 mil voos no espaço aéreo nacional, “tendo pela primeira vez superado o tráfego aéreo registado em 2019, ano de referência pré-pandemia, quando tinham sido controlados 816,3 mil voos”.

Trata-se de um “novo recorde de tráfego gerido pelos profissionais da NAV Portugal”, que marca “a saída definitiva do período de quebras acentuadas no tráfego aéreo resultantes da pandemia”, revelou a empresa, em comunicado.

Trata-se de um aumento de 90,5 mil voos face a 2022, que antecipa “em vários anos as projecções de tráfego da indústria”, indicou a NAV Portugal.

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