PS aumenta distância face à AD em sondagem que confirma contínua subida do Chega

O barómetro da Intercampus deste mês mostra a AD com menor percentagem de intenções de voto que PSD sozinho em Dezembro. Já o partido de André Ventura sobe cinco pontos percentuais.

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O PS liderado por Pedro Nuno Santos lidera as intenções de voto Nuno Ferreira Santos
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O PS volta a subir e lidera as intenções de voto com 26,4%, face a uma AD que regista 20,8% em Janeiro, um valor inferior ao que o PSD obtinha sozinho em Dezembro (22,5%), revela o barómetro deste mês da Intercampus para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV.

Feito na semana a seguir ao Congresso do Chega e antes da Convenção da AD, este estudo de opinião mostra também uma acentuada subida do partido de André Ventura, que arrecada 16,6% das preferências dos inquiridos, mais cinco pontos percentuais que em Dezembro.

O outro partido que regista uma subida é o PCP – 3,9% das intenções de voto face a 2,3% no mês anterior. De resto, todos os outros partidos caem nas preferências dos inquiridos neste estudo.

À direita, a Iniciativa Liberal cai mais de um ponto percentual mas mantém-se em quinto lugar, com 5,4%. À esquerda, o BE mantém o quarto lugar, com 7,4%, mas em Dezembro obtinha 8,8%. O Livre cai para menos de metade dos valores de há um mês, registando 1,3% e PAN também cai, mas menos, de 3% para 2,2%.

“Margem muito intensa” para alterações

O barómetro foi feito com base em 632 inquéritos válidos, feitos por telefone entre terça-feira e sábado da semana passada (logo a seguir ao Congresso do Chega e antes da Convenção da AD), e tem uma margem de erro de 3,9%. Os resultados apresentados fazem a distribuição dos indecisos, que continuam a liderar a tabela quantitativa, com 32%.

"Nas vésperas da eleição de 2022, o valor era rigorosamente igual", dizem os autores do estudo citados pelo Negócios, considerando que "é expectável que a indecisão possa manter-se nestes níveis elevados até ao momento da eleição” e que alguns deles "poderão acabar por não votar”. Certo é que “existe margem muito intensa para que os resultados da intenção de voto se alterem significativamente até à eleição", concluem os autores.

Outro aspecto a ter em conta nesta sondagem, como em todas, é a forma de distribuição de indecisos para alcançar os resultados finais, acima referidos. Se fossem contabilizadas apenas as respostas dos inquiridos que já decidiram em quem vão votar, os números seriam outros: 30% para o PS, a AD soma 23,6% e o Chega alcança 20,7% - uma diferença para o PSD menor que a margem de erro deste barómetro.

Já se fossem contabilizadas as respostas dos que ainda não decidiram em definitivo o sentido de voto, mas indicam o mais provável, o PS continuaria acima da AD, mas ambos cairiam de forma significativa (18% e 12%, respectivamente). Já o Chega cairia para os 8,4%.

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