Nova sondagem reforça que há quase tantos indecisos como eleitores do PS e do PSD

Inquérito do ICS/ISCTE dá vitória ao PS por escassa margem, enquanto a sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO/RTP da semana passada apontava para o empate entre os dois maiores partidos

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Sondagem revela que 17% dos portugueses não sabem em quem votar a 10 de Março Ana Zayara Coelho
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Há quase tantos indecisos (17%) como eleitores do PSD (18%) e do PS (22%). Assim o dita a intenção de voto sem distribuição de indecisos de uma nova sondagem, realizada entre 18 e 27 de Novembro pelo ICS-ISCTE para o Expresso/SIC. Na semana passada, a sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO/RTP também evidenciava a expressão dos indecisos: 22% — o maior grupo —, face a 20% das intenções directas de voto para o PS e o mesmo valor para o PSD.

Após estes três maiores grupos — PS, PSD e indecisos —, o resultado bruto dos votos da sondagem do Expresso/SIC coloca o Chega em quarto lugar com 11%. Segue-se o BE e a IL, com 4% cada; a CDU (com 3% caso o líder do PS seja Nuno Santos e 2% caso seja Carneiro); o PAN, com 2%; e o CDS-PP e o Livre, com 1% cada. O voto em “outros” representa 2% caso Carneiro seja líder do PS e 1% caso seja Nuno Santos. Brancos ou nulos têm 5%. Sublinhe-se que estes são os resultados das intenções directas de voto, e não estimativas finais com distribuição de indecisos, onde as ponderações podem ser feitas com critérios díspares.

O estudo apresentava ao eleitor dois cenários, questionando-o sobre como votaria caso o líder do PS fosse Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro. Tanto um como outro conquistariam 22% dos votos brutos para o PS. Neste contexto, a diferença revelou-se apenas nas intenções na CDU e nos “outros” partidos, tal como acima descrito.

A sondagem indica, assim, que os resultados do PS a 10 de Março não serão influenciados pela escolha que os militantes fizerem na próxima semana, nas eleições directas para secretário-geral. Por fim, sobre a vida interna do PS, o estudo conclui que, para os simpatizantes do partido, Pedro Nuno Santos seria melhor primeiro-ministro do que José Luís Carneiro. Já para o eleitor médio, há um empate sobre quem exerceria melhor essa função.

Debruçando-nos novamente sobre os grandes números, estes revelam que, distribuídos os 17% de indecisos e excluindo os abstencionistas, o PS venceria as eleições. Mais: que, nelas, Carneiro (30%) teria ligeiramente melhor resultado do que Nuno Santos (29%).

Em segundo lugar vem o PSD, com 25% dos votos num cenário com Carneiro e 26% num com Nuno Santos. Segue-se o Chega, com 15%; a IL, com 6%; o BE, com 5% num cenário com Carneiro e 6% num com Nuno Santos; a CDU, com 3% num cenário com Carneiro e 4% num com Nuno Santos; e o CDS-PP e o LIVRE, ambos com 2% num cenário com Carneiro e 1% num com Nuno Santos. Os outros partidos levam 3% dos votos e os brancos/nulos 6%.

A sondagem do Expresso foi realizada entre 18 e 27 de Novembro (sendo que o congresso do PSD foi no dia 25) por uma equipa do ISCTE/ICS, com trabalho de campo feito pela GfK Metris recorrendo a entrevistas directas e pessoais. Foram obtidas 803 entrevistas válidas e a margem de erro é de cerca de 3,5%, com um nível de confiança de 95%.

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