Já só faltava a confirmação da NASA: 2023 foi o ano mais quente desde que há registo

Os cálculos da agência espacial norte-americana indicam que as temperaturas globais no ano passado foram cerca de 1,2 graus Celsius acima da média.

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O conhecimento sobre as alterações climáticas é construído através de dados recolhidos por diversas entidades que nas últimas semanas têm publicado relatórios a confirmar: 2023 foi o ano mais quente de que há registo. Esta sexta-feira, foi a vez da NASA publicar os resultados das suas análises que indicam que a temperatura média da superfície da Terra em 2023 foi a mais quente de que há registo.

As temperaturas globais no ano passado foram cerca de 1,2 graus Celsius acima da média, de acordo com os cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) da agência espacial norte-americana. Esta semana, o programa europeu de monitorização do clima também confirmou o lamentável recorde de 2023. Porém, os cientistas do Copérnico assinalavam que a média global da temperatura em todo o planeta foi de 14,98 graus Celsius. O ano de 2023 ultrapassou em 0,17 graus 2016, que era até agora o mais quente de sempre.

Esta sexta-feira, a NASA divulgou também um mapa da Terra em 2023, que mostra as chamadas “anomalias da temperatura da superfície global” desde 1880, ou seja, o quão mais quente (a vermelho e laranja) ou mais frio (a azul) cada região do planeta esteve em comparação com a média para o período de referência (1951 a 1980).

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Em 1880, o mapa mostra vastas áreas da superfície terrestre a azul e branco, com alguns pontos amarelos, indicando que as temperaturas em geral se mantinham abaixo da média de referência. À medida que o tempo avança, as cores mudam e deslocam-se, com cada vez mais zonas a amarelo, laranja e vermelho. Em 2023, o mapa é predominantemente amarelo, com várias pinceladas em laranja e vermelho, e alguns pontos particularmente escuros a indicar as anomalias de temperatura mais elevadas.

Para compreender como evoluem estas anomalias ao longo do ano - ao longo das várias décadas -, a agência espacial norte-americana publicou ainda um gráfico animado com o ciclo sazonal da variação de temperatura na superfície da Terra e a forma como essas temperaturas se desviam da média de referência (1951-1980).

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“O relatório da NASA e da NOAA sobre a temperatura global confirma o que milhares de milhões de pessoas em todo o mundo sentiram no ano passado: estamos a enfrentar uma crise climática”, afirma Bill Nelson, administrador da NASA, citado em comunicado.

“Desde o calor extremo, aos incêndios florestais e à subida do nível do mar, podemos ver que a nossa Terra está a mudar”, resume.

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