Palácio de Seteais: sai Tivoli ao fim de 68 anos, entra Valverde

Grupo Valverde, vencedor do primeiro concurso de concessão em quase sete décadas, já assumiu a gestão do icónico hotel de Sintra. É agora o Valverde Sintra Palácio de Seteais.

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Palácio de Seteais, Sintra dr
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Palácio de Seteais, Sintra dr
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Foi uma longa história de amor entre o grupo Tivoli e o Palácio de Seteais de Sintra. Desde 1955 que a cadeia hoteleira — nascida em Portugal e com quase um século, agora parte do grupo internacional Minor — geria um dos palácios mais representativos da Sintra romântica. Desde 1 de Janeiro, a vila ostenta agora a chancela Valverde no hotel-palácio e a insígnia Tivoli já só se avista em páginas por actualizar espalhadas pela Internet.

O grupo Valverde ganhou o concurso de concessão realizado no ano passado pela gestora Parques de Sintra, o primeiro desde a passagem a hotel do palácio na década de 50 do século passado. A proposta do grupo — que detém hotéis de luxo em Lisboa (Valverde na Avenida da Liberdade), Viseu (Santar) e Porto (Condes de Azevedo Palace) —, deixou para trás outros candidatos e chancelas de Carlton Palácio, Pestana, Sonae, Visabeira, Fladgate Partnership, Carrilho de Almeida (Memmo) e, inclusive, Minor (i.e., Tivoli), noticiava na altura o jornal Eco. A proposta Valverde para a concessão de 30 anos incluía renda total de 18,49 milhões de euros e investimento em melhorias no valor de 22,65 milhões de euros.

Para a concessão de Seteais, propriedade do Estado e em gestão patrimonial da Parques de Sintra - Monte da Lua, gestora de parques e monumentos no concelho, o “principal critério” foi “o investimento proposto”, destaca o grupo Valverde em comunicado. “Rondará os 22 milhões de euros e terá como principal foco a conservação e valorização do edifício e dos jardins”, especificam, indicando que o “programa será implementado de imediato e manter-se-á ininterrupto até ao último ano da concessão”.

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O investimento será de “forma continuada, todos os anos”, adiantam, de “forma a permitir que a requalificação seja evolutiva no tempo e capaz de acompanhar a evolução das exigências cada vez mais sofisticadas” dos clientes.

O grupo deixa ainda um comentário relativo à anterior gestora, a Tivoli, manifestando-se “empenhado em dar continuidade ao trabalho que foi feito nos últimos 68 anos naquele que dá agora pelo nome de Valverde Sintra Palácio de Seteais”. Uma das iniciativas tradicionais dos Verões do palácio, recentemente recuperada, deverá ser mantida: a Gala Internacional do Bailado, que harmoniza jantares e ballet.

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O palácio foi construído no século XVIII por ordens de Daniel Gildemeester, cônsul holandês em Portugal e amigo do marquês de Pombal. Foi transformado em hotel em 1955, tendo a Tivoli sido sempre a sua chancela gestora. Dispõe de 30 quartos e suítes de luxo palaciano (“adornados com pinturas opulentas, tapetes sumptuosos e frescos de requintada beleza”, como se lê no novo site), além de restaurante e spa. E, claro, outra das suas imagens de marca: os igualmente “sumptuosos” jardins e as vistas “deslumbrantes” para a serra de Sintra, o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena.

Uma noite em Seteais começa em redor dos 270 euros por quarto.


Correcção: uma versão inicial do artigo referia como "anual" a renda estabelecida, quando o correcto seria "total". O parágrafo foi corrigido.

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