Taxa média dos novos depósitos até um ano chegou aos 3% em Novembro

Portugal subiu algumas posições, mas continua abaixo da média da zona euro. Para o prazo mais longo, os juros já começaram a cair.

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Poupança das famílias canalizada para depósitos a prazo diminuiu em Novembro Ricardo Lopes
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A remuneração dos depósitos em Portugal continua a subir lentamente, mas está mais perto da média da zona euro. Em Novembro, a taxa média dos novos depósitos a prazo dos particulares subiu para 2,98% (2,93% em Outubro), o valor mais alto desde 2012.

Portugal subiu algumas posições, mas continua a ser o sétimo país a remunerar menos os depósitos a prazo. A progressão média das taxas de juro na zona euro também foi modesta, subindo de 3,27% em Outubro para 3,33% no mês seguinte.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), os depósitos com prazo acordado até um ano atingiu os 3% (2,95% em Outubro), representando 98% do total de novos depósitos a prazo realizados pelos particulares. Com remuneração abaixo daquele patamar ficaram os novos depósitos com prazo de um a dois anos, em que a taxa de juro bruta subiu para 2,67% (de 2,15% em Outubro).

A sinalizar a incerteza quanto à manutenção dos juros dos depósitos nos actuais patamares está o facto de a rentabilidade garantida para os prazos mais longos já estar a cair, a que não são alheias as perspectivas para as taxas das operações de crédito, que são de queda. A taxa dos depósitos por prazo superior a dois anos caiu, passando de 2,13% em Outubro para 1,99% em Novembro.

O montante de novos depósitos a prazo dos particulares também caiu, ascendendo a 10.065 milhões de euros, menos 625 milhões do que no mês anterior. Em termos totais, o stock dos depósitos a prazo aumentou 3,1 mil milhões em Novembro, ascendo a 178,2 mil milhões de euros, mas com variação homóloga negativa de 2,2% (182.250 milhões de euros existentes em Novembro de 2022).

Do lado das empresas também se verificou uma queda dos novos depósitos. No mês em análise, as novas aplicações ascenderam a 6262 milhões de euros, menos 625 milhões do que em Outubro. A aplicação em depósitos a prazo até um ano representou a quase totalidade dos novos depósitos (99,7%).

A remuneração média dos novos depósitos subiu para 3,40%, um aumento de 0,09 pontos percentuais relativamente ao mês anterior.

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