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2023 em fotografias: o ano do desastre climático
Um ano de extremos e recordes, o mais quente, as mais longas tempestades, as trágicas inundações, os implacáveis incêndios, casas e cidades destruídas. Com o planeta a gritar atingido pela febre da crise climática, 2023 foi decididamente o ano do clima. Pelas piores razões.
Em 2023, as condições climáticas extremas foram frequentemente notícia nos cabeçalhos dos jornais. Lagos secaram, o calor recorde provocou incêndios florestais, as chuvas transformaram ruas em rios e tempestades mortais arrasaram cidades inteiras.
No início de 2023, a Califórnia passou por um Inverno invulgarmente húmido e com neve, que encharcou o estado e provocou deslizamentos de terra que deixaram algumas casas precariamente equilibradas em penhascos, enquanto no hemisfério Sul as temperaturas escaldantes alimentaram incêndios no Chile.
Com a chegada do Verão no hemisfério Norte, grande parte da Europa e dos Estados Unidos sofreu ondas de calor intensas que contribuíram para mais incêndios florestais. A época de incêndios florestais mais severa de sempre no Canadá fez com que o fumo se espalhasse e cobrisse de neblina vastas áreas dos Estados Unidos (o fumo até chegou a Portugal), enquanto a Grécia sofreu o ano climático mais difícil de que há registo na história, com os incêndios a serem seguidos, em Setembro, pela destruição causada pela tempestade Daniel.
Em Setembro, Outubro e Novembro, as tempestades também causaram inundações no México e na Europa Ocidental, enquanto as cheias repentinas mataram milhares de pessoas na Líbia. Por outro lado, os níveis de água dos lagos e dos rios baixaram devido a secas sem precedentes, incluindo na floresta amazónica.
Segundo os cientistas, este tipo de fenómenos meteorológicos extremos tornar-se-á mais comum e mais grave à medida que a Terra aquece. Este ano foi particularmente difícil, uma vez que as alterações climáticas induzidas pelo homem se combinaram com o aparecimento do padrão climático natural El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico.
Em Novembro, os cientistas afirmaram que 2023 deverá ser o ano mais quente de que há registo e, em Dezembro, os diplomatas do clima reuniram-se no Dubai, na COP28, para reduzir as emissões e travar o aquecimento.
Eis uma selecção de fotografias da Reuters que mostram os extremos de um clima em mudança e o seu efeito nos seres humanos, nos animais e na paisagem.
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