Portugal oferece ajuda para combate aos incêndios no Chile que já fizeram 26 mortos

Governo chileno pediu auxílio internacional depois de declarar três regiões em estado de catástrofe.

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Bombeiros exaustos depois de combate aos incêndios que não dão tréguas desde 30 de Janeiro EPA/Esteban Paredes Drake

Pelo menos 26 pessoas morreram e 1182 ficaram feridas em consequência da onda de incêndios que afecta o centro e o Sul do Chile, onde mais de 45 mil hectares já arderam, de acordo com o balanço divulgado esta segunda-feira pelo Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred).

A região mais afectada é a de Biobío, onde morreram 18 pessoas e foram queimadas cerca de metade das casas consumidas pelas chamas no país – no total, 1559 casas foram destruídas, afectando 3276 pessoas, das quais 1383 estão agora em albergues temporários disponibilizados pelas autoridades.

O Governo prometeu que irá perseguir os responsáveis directos e indirectos na onda de incêndios (que começaram a 30 de Janeiro), tendo até esta segunda-feira detido 12 pessoas. O código penal chileno prevê penas de cinco a 20 anos de prisão para os envolvidos neste tipo de crime.

De acordo com a Senapred, nesta segunda-feira ainda estavam activos 283 incêndios, sendo que 69 deles estão fora de controlo, combatidos por mais de cinco mil efectivos, entre bombeiros, elementos da protecção civil, da região e de outras regiões do Chile, bem como de outros países da América Latina e da Europa, depois de o Governo chileno ter pedido ajuda internacional.

Portugal também mostrou a sua disponibilidade para ajudar, através do Mecanismo Europeu de Protecção Civil. "Já manifestámos ao mecanismo europeu a disponibilidade de cerca de 140 elementos de várias forças e serviços”, disse o ministro do Interior, José Luís Carneiro, citado pela Lusa.

Uma das zonas mais afectadas é o Vale Itata, uma das mais importantes regiões vinícolas da América do Sul de um dos maiores produtores de vinho do mundo.

Na sexta-feira, o Governo chileno decretou o estado de catástrofe para as regiões de Ñuble Biobío e, esta segunda-feira, também para a região de La Araucanía, segundo informou o subsecretário do Interior chileno, Manuel Monsalve, citado pela agência Infobae.

As condições meteorológicas melhoraram e o calor sufocante deu uma pequena trégua, mas a previsão é que a temperatura volte a subir na terça-feira, chegando perto dos 40 graus.

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