No Porto, há hotéis para animais quase esgotados no Natal e Ano Novo

Em certos casos, a taxa de ocupação ronda os 100%. Os espaços estão prontos para acolher cães e gatos em quartos privados, assegurar cuidados veterinários e banhos em piscina de água quente.

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No Porto, os hotéis para cães e gatos têm quase com lotação esgotada para a quadra natalícia e acolhem cada vez mais animais de companhia de famílias estrangeiras a viver em Portugal que, nesta altura, regressam aos países de origem.

Segundo vários empresários deste sector, para este Natal e Passagem de Ano, a taxa de ocupação está a rondar os 100%. Os cães e os gatos ficam hospedados em suites individuais com vistas para o exterior, decoradas com quadros, alcofas ou sofás a servir de ninho, mantas polares, lâmpadas de aquecimento infravermelho e até câmaras de vigilância 24 horas. O regime pode incluir pensão completa, embora muitos donos levem a ração de casa adaptada ao gosto e saúde dos animais.

Além de serviços médicos veterinários, os hotéis têm ainda outras ofertas consideradas de cinco estrelas, que vão desde passeios no jardim para socializar, banhos de sol em espreguiçadeiras, e até banhos em piscina coberta de água quente para gastar energia ou perder peso.

De acordo com os empresários, muitos dos tutores são do Brasil, Ucrânia, Rússia, EUA, Reino Unido, China e Japão que vivem em Portugal e, nesta época do ano, vão de férias ou visitar as famílias, acabando por ficar muitos dias fora de casa. Na ala Very Important Dog (VID), onde os quartos têm câmaras de vigilância 24 horas, a cadela Chiquita Banana, uma teckel, está deitada numa alcofa aquecida com lâmpada de aquecimento infravermelho e aguarda em cima de uma manta polar pela sessão na piscina de água quente, uma das actividades que existem no Hotel Mais Animais.

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Alguns dos hotéis oferecem banhos em piscina coberta de água quente José Coelho/Lusa
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E banhos de sol José Coelho/Lusa

Perto da ala VID, mas na zona standard do hotel, está alojado Asad, um leão da Rodésia, que desfruta a calmaria da vida no campo num quarto com vista para o jardim, onde tem uma cama aquecida pela lâmpada de infravermelhos. Este hotel da Maia, que faz parte de uma unidade com hospital veterinário localizado na Maia, também tem lotação esgotada para a época natalícia.

“Temos 100% de hotel lotado. Tanto para o Natal como para a Passagem de Ano”, adianta a responsável Diana Mesquita, acrescentando que as reservas foram feitas com muita antecedência. Neste caso, completa, grande parte dos clientes são brasileiros a viver em Portugal que querem passar o Natal e o Ano Novo no país de origem.

Na unidade hoteleira Pet Hotel, em Vila Nova de Gaia, as suites para cães e para gatos estão esgotadas para este Natal e Passagem de Ano. “Neste momento, os três espaços da unidade hoteleira já estão lotados tanto para o fim-de-semana do Natal como para o do Ano Novo”, avança David Mota, responsável pelo Pet Hotel, enquanto faz festas no gato Teodoro, que acaba de sair do ninho de madeira afixado numa parede com vista para o campo.

A percentagem de animais adoptados por estrangeiros a passar as férias de Natal no hotel é cada vez mais uma tendência também no Pet Hotel, que, além de cidadãos do Brasil, recebe também animais de companhia de ucranianos, russos, norte-americanos, ingleses, chineses e japoneses.

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No Pet Hotel, os animais ficam entre uma e quatro semanas JOSÉCOELHO/LUSA

“São estrangeiros que vão visitar a família no Natal e acabam por ficar para a Passagem de Ano e precisam de deixar os animais de estimação mais de 15 dias”, contou. Em época alta, o período mais usual de cada estadia é cerca de uma semana, mas pode chegar a três ou quatro semanas. Os animais que ficam mais tempo no hotel são os de brasileiros, mas também há animais cujos donos são portugueses que vão de férias ou partem em trabalho e acabam por deixar os animais um fim-de-semana.

No Pets & Family, um hotel canino na Maia, que também é uma creche canina, a taxa de ocupação está quase nos 100%, embora ainda haja algumas vagas guardadas para os clientes habituais que pedem estadia à última da hora, conta João Pereira. Grande parte dos clientes que opta por deixar os seus animais são também cidadãos brasileiros e clientes nacionais que, por receberem muita família em casa, preferem colocar os cães num espaço mais tranquilo.

O regime é aberto, ou seja, os animais andam sempre soltos, com a companhia 24 horas dos tratadores, para socializarem e não sentirem a falta dos tutores. Além disto, dormem num quarto maior com várias camas corridas e um beliche onde dorme o tratador, porque que se mantenham mais calmos durante as pernoitas.

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