A eterna conspiração contra o Partido Socialista

Em 20 anos, Santos Silva não mexeu uma palha para melhorar o sistema de justiça ou moralizar o sistema político. No entanto, nunca parou de ver conspirações do Ministério Público contra o PS.

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Tenho diante de mim um texto com mais de 20 anos, assinado por Augusto Santos Silva nas páginas deste jornal. Chama-se “Para todos os efeitos” e foi escrito a propósito do processo Casa Pia. Santos Silva afirmava então que, se a “inocência total” de Paulo Pedroso viesse a ser comprovada, “a actual organização do sistema de justiça” iria “cair de pantanas”. Na altura, o PSD estava no poder, e a tese era de que a direita não “olhava a meios” para “atacar pessoalmente os ex-ministros do PS”. Santos Silva colocava duas hipóteses. Ou estávamos “perante uma verdadeira conspiração de extrema-direita contra o Estado democrático português”. Ou estávamos “perante uma fortíssima operação de intimidação a todos quantos queiram exercer o seu direito de actividade política”. Perguntava: “Quem investiga a investigação?” E declarava que se estava a “abrir de vez o caminho do autoritarismo populista, que é o grande inimigo da nossa democracia”.

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