Biden ganhou e Xi não perdeu

A cimeira de S. Francisco foi sobretudo um ganho para Joe Biden, mesmo que não tenha sido uma perda para Xi Jinping.

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1. Num mundo que nos parece, por vezes, caminhar em direcção ao caos, em que a guerra regressou à Europa e Israel foi alvo de um pogrom de uma violência inaudita, a cimeira de S. Francisco entre os líderes das duas superpotências mundiais cuja competição pode determinar o futuro tinha de surgir como um bom sinal. A coreografia do encontro entre Joe Biden e Xi Jinping foi cuidadosamente desenhada para que fosse essa a percepção oferecida ao mundo. Os dois presidentes passearam-se nos jardins de uma residência nos arredores da cidade num ambiente de “velhos conhecidos”. As suas frases públicas mais citadas quiseram significar, nas palavras de Xi, que “o planeta Terra é suficientemente grande para que os dois países possam singrar e o sucesso de um deles é uma oportunidade para o outro”. Nas de Biden, “o Presidente Xi e eu concordamos que qualquer dos dois pode pegar no telefone, ligar para o outro e ser imediatamente atendido”. Definiu o encontro como uma discussão “franca, produtiva e construtiva.” A palavra mais usada pelos analistas foi “estabilização”.

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