A arte de atirar (ex-)amigos para debaixo do comboio

António Costa não é um homem enganado. Estas são pessoas que ele intencionalmente promoveu e das quais se rodeou. E que depois abandonou no momento em que se tornaram um embaraço.

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Nos últimos dias, António Costa atirou para debaixo do comboio: 1) Vítor Escária, seu antigo chefe de gabinete, lamentando a “confiança traída” por causa dos 75.800 euros escondidos no Palacete de São Bento, e despachando-o como um estrito caso de “responsabilidade individual”. 2) Diogo Lacerda Machado, seu antigo “melhor amigo”, manifestando o seu arrependimento por um dia ter usado tal expressão – um “momento de infelicidade”, disse –, já que “um primeiro-ministro não tem amigos, e quanto mais tempo exerce, menos amigos tem”. 3) Mário Centeno, que António Costa sondou para primeiro-ministro, resolvendo depois, para entalar Marcelo Rebelo de Sousa, partilhar essa informação com todos os portugueses, e assim colocando em causa a independência e isenção do governador do Banco de Portugal.

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