Revista Solo: Outono na Península de Setúbal, com o PÚBLICO de 18 de Novembro

Moscatéis Roxos, arroz do Sado, um roteiro pelas areias de Palmela e outros pretextos para descobrir a Península de Setúbal no Outono. Está tudo na Solo, distribuída gratuitamente com o PÚBLICO.

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É com os pés na areia que arranca mais uma Solo, a revista de viagens e vinhos com raiz na Península de Setúbal. É certo que estamos em pleno Outono, mas não nos referimos aos areais da Comporta (se bem que andamos lá perto) nem às praias da Arrábida.

A edição número 6, distribuída gratuitamente com a edição de 18 de Novembro do PÚBLICO (e publicada online nos dias seguintes), propõe uma escapada outonal pelo triângulo arenoso que se estende entre Pinhal Novo, Pegões e Marateca. A areia onde crescem as vinhas ajuda a contar a história – e a explicar o carácter elegante e harmonioso dos tintos que ali nascem, resultado de raízes profundas, que têm de batalhar com a pobreza do solo para encontrar o alimento necessário.

A casta-rainha é o castelão, que é, ela própria, um tratado sobre as origens do vinho na região. Contar a história do castelão é também contar a história das famílias que povoaram este território, em particular os Palhoça e os Freitas, que, tal como as vinhas, ganharam raízes profundas neste chão e ramificaram-se por várias casas produtoras de vinho, entre as quais o espírito de entreajuda manda mais do que o sentido de concorrência.

Mais a sul, falamos de outra riqueza histórica da região: o arroz do Vale do Sado. Aqui, não faz sentido falar de carolino, até porque a designação pode referir-se a subvariedades distintas – e com diferentes virtudes culinárias. “É preciso deixar de tratar o arroz como um acompanhamento indiferenciado”, sublinha o produtor José Mota Capitão, da Herdade do Portocarro. Ronaldo, teti, euro e ceres são nomes que importa ter em conta na hora de escolher um arroz. Afinal, e embora Portugal seja o maior consumidor per capita da Europa, ainda temos muito a aprender em matéria de arrozes. E o melhor ponto de partida é escutar quem conhece o produto.

Nas 36 páginas da Solo cabem mais histórias de vinhos e família. Na Serra de Grândola, Jacinta Sobral dá alma e fôlego ao legado que lhe deixou o pai, e fez da Herdade da Serenada, que está nas mãos da família há mais de três séculos, um feliz combinado de turismo rural, adega, enoturismo e espaço de sobra para caminhadas (ou pedaladas) rodeadas de natureza.

Carlos Branco – que se assume como enólogo “formado pela experiência de décadas a acompanhar o avô e o pai no ofício”, viticultor autodidacta, guia turístico, DJ e programador – é a cara da terceira geração à frente da ASL Tomé, em Pinhal Novo (Palmela), adega que aposta em apresentar o vinho ao público “de modo menos formal e mais democrático, através de eventos abertos a todos”.

Na senda dos vinhos “democráticos”, são postos em prova nove Moscatéis Roxos – já a pensar na envolvência que combina com os dias frios – e a boa notícia é que não é preciso despender uma fortuna para descobrir vinhos deslumbrantes, já que os preços começam nos 8 euros.

A Solo é uma revista produzida, editada e distribuída pelo PÚBLICO, com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal. Enquanto a próxima edição não chega às bancas, pode conhecer os números anteriores aqui.


Actualização, 21/11/2023. Devido a um problema de carregamento, a edição digital da revista Solo n.º 6 não foi disponibilizada no dia da publicação da versão impressa. Está disponível para download junto com a edição de 21/11/2023. Aos leitores, pedimos desculpa.

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