Protecção Civil aumenta nível de alerta por risco de cheias no fim-de-semana

Fim-de-semana muito chuvoso no Norte, Centro e Lisboa e Vale do Tejo pode trazer problemas para quem habita junto aos rios Mondego, Vouga, Cávado, Tâmega, Tua e Lima.

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O centro de Ponte de Lima ficou alagado com a subida do nível do rio, devido à chuva forte LUSA/HUGO DELGADO
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A Protecção Civil decidiu aumentar o nível de alerta para laranja, o segundo mais grave da escala, em 16 sub-regiões do país devido à chuva intensa que se prevê para esta sexta-feira e para o fim-de-semana. As regiões previsivelmente mais expostas a cheias e inundações são o Norte, o Centro e Lisboa e Vale do Tejo.

Numa conferência de imprensa ao fim da manhã desta sexta-feira, 27 de Outubro, o comandante nacional da Protecção Civil, André Fernandes, explicou que a decisão foi tomada tendo em conta as previsões meteorológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontam para um agravamento do estado do tempo a partir desta sexta-feira, que se vai manter também no sábado e no domingo.

Prevê-se “precipitação persistente e por vezes forte” com “possibilidade de trovoada”, disse André Fernandes, alertando para o risco acrescido de cheias e inundações em todas as bacias hidrográficas das regiões Norte e Centro. As que têm “potencial maior de afectação”, explicou o comandante, são as​ dos rios Mondego, Vouga, Cávado, Douro e Lima. Nesta última, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima poderão ser especialmente afectadas. As sub-bacias do Tâmega, particularmente em Amarante, e do Tua são também pontos vulneráveis.

Na quinta-feira, o rio Vez galgou as margens e inundou alguns rés-do-chão em Arcos de Valdevez. O mesmo aconteceu com o rio Lima no centro de Ponte de Lima, onde dois automóveis ficaram submersos. André Fernandes disse que “os estragos neste momento estão a ser apurados”, mas acrescentou que os carros “estavam estacionados numa área que historicamente é vulnerável e costuma inundar​​”.

Os habitantes destas zonas “deverão tomar medidas de autoprotecção face ao risco de inundação e de cheias” e estar atentos ao vento, que se espera forte, “no sentido de salvaguardar a queda de objectos, aconselhou André Fernandes. A subida do nível de alerta para laranja, disse o responsável, serve “para garantir a prontidão do sistema de protecção civil”.

À semelhança do que fez na semana passada, aquando da passagem da tempestade Bernard, e há duas semanas, a propósito da tempestade Aline, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) vai enviar SMS à população das zonas potencialmente mais afectadas pela chuva e pelo vento.

O comandante da alertou ainda para a necessidade de evitar as zonas costeiras, “em particular no domingo”, devido à forte agitação marítima que se antecipa para os próximos dias. O IPMA já tinha alertado, esta sexta de manhã, que esta situação será sentida particularmente nos distritos do Porto, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.

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