Palcos da semana: MEC, filmes e Cragg entre PiL e Semibreve

Os próximos dias trazem um novo festival de cinema, uma grande exposição de Tony Gragg, o regresso de John Lydon, as notas do Semibreve e Escritaria com Miguel Esteves Cardoso.

artes,cinema,culturaipsilon,escultura,livros,musica,
Fotogaleria
John Lydon, líder dos PiL, que vêm apresentar o novo álbum Vincent West / Reuters
artes,cinema,culturaipsilon,escultura,livros,musica,
Fotogaleria
Tony Cragg expõe Rare Earth no Museu do Chiado Manuel Roberto / PUBLICO
artes,cinema,culturaipsilon,escultura,livros,musica,
Fotogaleria
Miguel Esteves Cardoso, o homenageado do festival literário Escritaria Nuno Ferreira Santos
artes,cinema,culturaipsilon,escultura,livros,musica,
Fotogaleria
O Que Podem as Palavras, um dos filmes exibidos na nova Bienal de Cinema de Leiria DR
,PERGUNTE A HELMUT
Fotogaleria
O regresso dos Emeralds ao activo é um dos destaques do festival Semibreve DR
Ouça este artigo
00:00
03:58

Rara e reveladora

Chama-se Rare Earth e é uma rara oportunidade de ver a arte de Tony Cragg numa “perspectiva reveladora da sua obra”, assinala a folha de sala. Com curadoria de Emília Ferreira, a exposição do Museu do Chiado alcança mais de quatro décadas de produção do “materialista radical” inglês, em cerca de meia centena de obras – esculturas, mas também desenhos.

Nascido em Liverpool, há 74 anos, mas há muito radicado na Alemanha, Cragg tem um vasto currículo de distinções (prémio Turner incluído) e faz parte da chamada “geração de ouro” da escultura britânica, lado a lado com Anish Kapoor ou Richard Long.

Arte pública com a sua assinatura marca a paisagem de cidades um pouco por todo o mundo. Por estes dias, Lisboa também consta desse mapa, já que a exposição transborda do museu para algumas praças da capital.

Escritaria por MEC

Valter Hugo Mãe fala de como Escrever É F*****. Capicua e Nuno Miguel Guedes discorrem sobre A Escrítica Pop. Os Sétima Legião agradecem, em concerto, a Glória ao seu autor. A Jangada Teatro estreia um Portugal 5.0. Não falta sequer uma edição especial d’A Noite da Má Língua. Nem uma escultura descerrada em honra do homenageado.

É Miguel Esteves Cardoso quem motiva, este ano, a Escritaria que dá nome ao festival literário de Penafiel. Das linhas do pensador e escritor (de crónicas, livros, canções, peças, notícias, humor…) vem a inspiração para uma 16.ª edição apostada em enaltecer essa “liberdade de pensamento e visão crítica [que] influenciou uma geração de escritores e não só”, nota a organização. Ele lá estará, para subir ao palco, conversar, partilhar memórias e, de caminho, ver como Penafiel, das montras às ruas, se enfeita à sua passagem.

De Esthesis a Malone

Clarice Jensen na Basílica do Bom Jesus a abrir a função em Esthesis. Eiko Ishibashi a dar música a um filme de Ryusuke Hamaguchi. O trio Emeralds num muito aguardado regresso após uma década de hiato. E, a fechar, Kali Malone a explorar o álbum Does Spring Hide Its Joy.

Eis alguns destaques do 13.º Semibreve, o festival bracarense que promove a promiscuidade da música electrónica com as artes digitais, com um dever de vanguarda a atravessar o cartaz. Anja Lauvdal, Kassel Jaeger e Tujiko Noriko são outros protagonistas dos concertos, 16 no total. Fora do palco, há tempo para conversas, instalações e workshops.

Ao centro, festival em estreia

Há novo festival a registar na agenda cinéfila. Promete ser “uma festa em homenagem à longa-metragem”, mas não só. Formações, exposições, espectáculos e conversas também entram na carta de intenções.

Na sua edição de estreia, a Bienal de Cinema de Leiria propõe, para começar, o terror de Faz-me Companhia, seguido de uma troca de ideias com o realizador, Gonçalo Almeida. Para fechar, acolhe um concerto de Surma alinhado especificamente para a ocasião.

Pelo meio, projecta O Que Podem as Palavras de Luísa Sequeira, exibe O Último Banho de David Bonneville, faz uma retrospectiva da animação de João Gonzalez (realizador de Ice Merchants), apresenta livros e, entre muitas outras iniciativas, oferece uma exposição de cartazes de filmes antigos.

O fim do mundo em PiL

Vem aí End of World. E vem pelas mãos dos PiL (Public Image Ltd), o grupo que nasceu em 1978, por obra de John Lydon, sedento de tomar os comandos do pós-punk na ressaca da agitação causada pelos Sex Pistols. Décadas depois, a banda inglesa vem rever páginas da sua história e apresentar o novo disco, que é o primeiro de estúdio em oito anos.

End of World inclui temas como Hawaii, dedicado a Nora Forster – a musa, companheira e mulher de Lydon desde 1979, que morreu em Abril deste ano –, ou Penge, descrito por Lydon como “uma espécie de épico viking medieval”.

Sugerir correcção
Comentar