UNESCO revalida classificação da serra da Estrela como Geopark Mundial

O Estrela Geopark, com uma área de 2216 quilómetros quadrados, obteve a pontuação máxima na reunião da Unesco, em Marrocos. A equipa é o ponto forte deste Geopark, consideraram os peritos.

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Geossítio do Geopark Estrela ao pôr do sol, perto de Travancinha, no concelho de Seia, em Portugal, com grandes rochas graníticas desgastadas pela erosão Luis Pedro Duarte da Fonseca/GettyImages

O Conselho Mundial de Geoparks da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) atribuiu o cartão verde ao Estrela Geopark, revalidando a classificação como Geopark Mundial por mais quatro anos.

A decisão foi tomada por unanimidade, na terça-feira, numa reunião em Marrocos, anunciou o Estrela Geopark, com sede em Manteigas, nas plataformas digitais.

O presidente da Associação Geopark Estrela e também presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Flávio Massano, disse à Lusa que esta é "uma maravilhosa notícia, neste ano que tem sido bastante duro e desafiante". "Estamos muito contentes. E ser o único Geopark do mundo que teve mil pontos em mil possíveis é absolutamente fantástico e deve deixar muito orgulhoso todo o território", reforçou.

O autarca realçou o trabalho de toda a equipa liderada pelo coordenador do Estrela Geopark, Emanuel de Castro, que "foi elogiada pelos avaliadores internacionais".

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Emanuel de Castro, coordenador executivo da Estrela Geopark Teresa Pacheco Miranda

"Dizem mesmo no relatório que nos enviaram que, para além de todas as condições que este território tem, geológicas e naturais, a equipa é o ponto forte deste Geopark".

"Temos a sorte de ter uma equipa que vive intensamente este território, gosta do território e tem conhecimento do território acima da média. Acho que esta equipa está a valorizar a marca serra da Estrela", considerou Flávio Massano.

O presidente da Associação Geopark Estrela disse que a meta para os próximos quatros anos é a de "aproximar a marca a todos os municípios e a todos os munícipes".

"O caminho que vamos seguir é o trabalho da afirmação. Que todos os nove municípios sintam que são do Geopark e que se envolvam e o acarinhem. Têm de perceber que esta marca como património da UNESCO é muito importante para o território", sustentou.

Flávio Massano reconheceu que é "um caminho difícil" e que dentro do Geopark "há municípios que se envolvem a velocidades diferentes". Admitiu que sendo um projecto recente, o território "ainda se está a habituar" e "a relação nem sempre tem sido fácil".

O Estrela Geopark, com uma área de 2216 quilómetros quadrados, foi classificado em 2020 como Geopark Mundial da UNESCO.

Abrange território dos concelhos de Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia.

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