UNESCO aprova candidatura da serra da Estrela a Geopark Mundial

A aprovação da candidatura por parte da UNESCO “é o reconhecimento do potencial geológico do território e do seu património natural e cultural”, explica o presidente da Associação Geopark Estrela.

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Nelson Garrido

A candidatura da serra da Estrela a Geopark Mundial foi aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, realizada na Indonésia.

“A região da serra da Estrela viu ontem [segunda-feira] aprovada pelo Conselho de Geoparks Mundiais da UNESCO a sua candidatura a Geopark Mundial, e fica agora apenas a aguardar o parecer do conselho executivo da agência das Nações Unidas”, refere a Associação Geopark Estrela em comunicado enviado nesta terça-feira à agência Lusa.

Segundo Joaquim Brigas, presidente da Associação Geopark Estrela e do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), a aprovação da candidatura por parte da UNESCO “é o reconhecimento do potencial geológico do território e do seu património natural e cultural e, nessa medida, um primeiro passo para o desenvolvimento sustentável de toda a região da Estrela”.

“Um efeito natural deste primeiro passo será o aumento do potencial turístico, económico e social dos municípios que fazem parte do território. E, por conseguinte, o aumento da qualidade de vida das populações”, vaticina Joaquim Brigas.

A candidatura da Estrela a Geopark Mundial foi aprovada pela UNESCO na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, que decorreu entre sábado e esta terça-feira em Gili, na Indonésia.

A Associação Geopark Estrela é composta por nove municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia) e também pelo IPG e pela Universidade da Beira Interior (UBI).

A presidência da associação é assegurada pelo presidente do IPG, Joaquim Brigas, e a vice-presidência por José Páscoa Marques, vice-reitor da UBI.

“As duas instituições de ensino superior da região pretendem apostar na investigação científica para garantir o melhor conhecimento possível das características do território e as suas potencialidades geológicas e paisagísticas”, afirma Joaquim Brigas no comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, a formação de quadros especializados na preservação ecológica, protecção ambiental e na gestão do turismo são algumas das prioridades do IPG e da UBI.

“Pretendemos dar resposta às necessidades que precisam de ser colmatadas para conseguirmos manter a área da serra Estrela protegida e fazermos um bom uso dos recursos disponíveis”, adianta.

O papel dos municípios da região também é destacado pelo presidente da Associação Geopark Estrela, ao afirmar que “o envolvimento de todos os municípios neste projecto, mais do que um pilar importante para o processo de candidatura progredir, foi primordial para o sucesso obtido”.

“E deve ser também destacado o trabalho da equipa executiva, sediada no Instituto Politécnico da Guarda, sem o qual este resultado não teria sido possível”, acrescenta.

Segundo Joaquim Brigas, a partir de agora, “só com um foco semelhante na divulgação do território, do seu património natural e dos seus produtos endógenos será possível continuar a contribuir para o desenvolvimento da serra da Estrela”.

“A promoção, valorização e defesa do território, do seu património geológico e cultural, o desenvolvimento de actividades económicas locais e a organização de acções de sensibilização e de cooperação com outras entidades são fulcrais”, conclui.

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