Um roteiro dos tascos do Porto – enquanto há história para contar

Oito anos depois, Raul Simões Pinto actualizou o seu roteiro dos tascos, locais de encontro e amparo num Porto castiço e popular. Muitos fecharam, quase todos mudaram. Caminharão para a extinção?

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Raul Simões Pinto dedica-se ao estudo dos tascos há muitos anos e cresceu dentro de um Nelson Garrido
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Enquanto caminha na Rua de Santa Catarina, Raul Simões Pinto vai confessando o seu desconforto perante a agitação no coração da Baixa. As multidões a calcorrear a calçada e a ocupar as esplanadas e as malas de viagem a desafiar o paralelo e a fazer crescer o ruído opõem-se à falta de espaços e de rostos familiares. De sotaque entranhado. “Sinto-me um estrangeiro na minha cidade.” Há dias, apresentaram-lhe uma conta de dois euros por um café e Raul declarou-se vacinado contra a frequência desses espaços em número crescente na urbe. Protestou: “Dois euros por um café não é para o bolso dos portuenses.”

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