Palcos da semana: jardins e festins de filmes, música e arte urbana

O Verão traz Artes à Vila, um Festim de músicas, um Fest de cinema novo, um jardim cheio de Lisboa Criola e Urban [R]Evolution.

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Eneida Marta leva Family ao Jardim de Verão da Gulbenkian DR
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Shantel & Bucovina Club Soundsystem vem ao Festim - Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo DR
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Wasted Rita está entre os street artists reunidos na exposição Urban [R]Evolution Lusa/TiagoPetinga
,caldas da rainha
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David Fonseca vai ao Artes à Vila tocar nas Capelas Imperfeitas Filipe Ferreira
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War Pony é o filme de abertura do Fest - Festival Novos Realizadores, Novo Cinema DR

Num jardim pulsa Lisboa

A Gulbenkian está prestes a abrir portas a “um jardim de sotaques carregados, mas onde ninguém se sentirá estrangeiro” – palavra de Dino D’Santiago, que volta ao cargo de curador do festival Jardim de Verão. Para tomar o pulso a essa Lisboa Criola, que tanto pode vir do Mindelo, de Luanda, da linha de Sintra ou da Quinta do Mocho, são montados três palcos ao longo de outros tantos fins-de-semanas, para acolher três dezenas de artistas.

Uma Música Angolana de Aline Frazão, o rap-R&B interventivo de Libra, o nomadismo de Remna Schwarz, a imensa Family da guineense Eneida Marta, a “MMP - Música de Mulher Preta” de Bia Ferreira, a sonoridade Vira Lata de Ive Greice e o urban jazz afrofuturista de Jonathan Ferr fazem parte da comitiva. Também há DJ set de Umafricana, Nigga Fox, Shaka Lion, Berlok, Studio Bros, Stá e Marfox, entre muitos outros, bem como conversas, oficinas e exposições abertas fora de horas.

Festim a dobrar

O cartaz ostenta quatro nomes, mas os concertos são a dobrar e as sonoridades mais que muitas. A multiplicação de músicas do mundo é feita pela d’Orfeu no festival Festim, em salas e praças de quatro municípios do distrito de Aveiro.

Feitas as contas, a 14.ª edição escuta a harpa reinventada pelo colombiano Edmar Castañeda à frente de um quarteto de jazz, os passeios exóticos dos japoneses Minyo Crusaders, as sonoridades balcânicas dançantes do alemão Shantel & Bucovina Club Soundsystem e a gnawa electrónica dos anglo-marroquinos Electric Jalaba.

A (r)evolução das ruas

O primeiro dia de Verão não promete menos do que uma revolução de arte urbana em Lisboa. Ou melhor, uma Urban [R]Evolution, para fazer jus ao carácter internacional da exposição que ocupa a Cordoaria Nacional. É também única e inédita, assegura a organização, partilhada pela Underdogs e a promotora Everything is New.

Em causa está uma concentração de 18 dos “mais consagrados e relevantes nomes da arte urbana mundial”. A saber: ±MaisMenos±, Add Fuel, AkaCorleone, André Saraiva, Barry McGee, Felipe Pantone, Futura, Jason Revok, Lee Quiñones, Martha Cooper (cujas fotografias testemunham a evolução da área e servem de fio condutor à mostra), Maya Hayuk, Nuno Viegas, Obey SKTR, Shepard Fairey, Swoon, Tamara Alves, Vhils e Wasted Rita.

Mais: exibem a sua street art em “núcleos intervencionados pessoalmente” que correspondem a “espaços imersivos concebidos especialmente para esta exposição”, dentro e fora do edifício. A curadoria é de Pauline Foessel e Pedro Alonzo.

Bonitas e Imperfeitas

Com a simplicidade de se apresentar como “o festival das músicas bonitas” e pronto a celebrar o 40.º aniversário da inscrição do Mosteiro da Batalha no Património Mundial da UNESCO, o Artes à Vila volta a fazer-se ouvir ali e noutros locais da vila.

Nas Capelas Imperfeitas, ecoam os concertos de Meta, Filipe Sambado, David Fonseca e Pedro Jóia, bem como o espectáculo O Fado, a Canção e o Cante. Fora de portas monásticas, ouvem-se Henrique Fraga, Cristina Clara, Luca Argel, Sfistikated e um duelo amigável de big bands entre Batalha Jazz e GeraJazz. No programa também há lugar para um momento de circo Carmim, ioga para crianças e as habituais visitas guiadas às gárgulas.

Música, câmara, acção

Depois de ter trazido de Cannes o prémio Câmara de Ouro, War Pony, de Gina Gammell e Riley Keough, chega a Espinho para contar uma história passada no seio de uma tribo nativa norte-americana. É o filme de abertura do 19.º Fest - Festival Novos Realizadores, Novo Cinema, que mostra e premeia trabalhos de cineastas emergentes. Em exibição está “uma das selecções mais completas e extensas que alguma vez o festival apresentou”, garante a organização.

No total, são mais de duas centenas as obras a descobrir num cartaz que, além das secções competitivas, proporciona uma retrospectiva da cineasta peruana Claudia Llosa, uma novidade chamada Music Walk With Me (um festival de música “cinematográfica”, com The Legendary Tigerman, Sensible Soccers e outros), uma Festinha expandida e aumentada, e muitas iniciativas dirigidas a profissionais.

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