Mitos da Antiguidade juntam dois mil alunos nas Olímpiadas da Cultura Clássica

Anualmente, as Olímpiadas da Cultura Clássica contam com alunos de todo o país. Este ano participaram 78 escolas.

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A sexta edição das Olímpiadas da Cultura Clássica acontece na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Maria Abranches/Arquivo
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Estimular os alunos para terem "cada vez mais uma cultura humanista", é o objectivo das Olimpíadas da Cultura Clássica. O projecto chama-se Clássicos em Rede e, este ano, participaram cerca de dois mil alunos. Os vencedores são conhecidos nesta quinta-feira, em Lisboa, numa cerimónia na FLUL.

Esta é uma iniciativa da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), em parceria com as autoras da colecção Olimpvs.net, a professora Ana Soares e a jornalista Bárbara Wong (editora do PÚBLICO).

Em todo o país, aderiram alunos de 78 estabelecimentos de ensino, do 4.º ao 12.º ano. O desafio desta sexta edição das Olimpíadas, tal como das anteriores, é que os estudantes aprofundem o seu conhecimento sobre cultura clássica. Se há um ano participaram cerca de 3000, este ano o número caiu, mas Teresa Santa-Clara, do Gabinete Coordenador da RBE, lembra: “Mesmo durante a pandemia, mantivemos muitas escolas a participar.”

A dirigente explica a importância desta iniciativa: “É permitir estimular todo o leque de competências dos alunos. Os mitos da Antiguidade têm temas que permitem pensar sobre a condição humana, sobre a morte, a amizade e o amor. São temas que permitem reflectir sobre grandes questões humanas.”

São cinco as categorias às quais os alunos concorreram e demonstraram as suas capacidades: escrita, desenho/fotografia, escultura, vídeo e recursos digitais. Os temas desta edição inspiraram-se em "Jasão e os Argonautas", "Penélope à espera" e "Sísifo"; divididos em três escalões: o A (4.º, 5.º e 6.º anos), o B (7.º, 8.º e 9.º) e o C (10.º, 11.º e 12.º).

Fora os trabalhos enviados, algumas escolas e professores, no âmbito do Domínio da Autonomia Curricular (DAC), acrescentaram propostas extra relacionadas com os temas a concurso, continua a responsável da RBE. “Estabelece-se, a partir dos temas facultados, uma dinâmica entre alunos e professores”, elogia, acrescentando que são as bibliotecas escolares as principais dinamizadoras desta iniciativa, uma vez que é nesses espaços que existem os “recursos necessários para fazer as pesquisas”.

Depois de conhecidos e avaliados os trabalhos por um júri, é altura de premiar os melhores. A cerimónia começa às 14h30 e durará toda a tarde, uma vez que os alunos vencedores, por exemplo, na categoria de escrita poderão ler um excerto dos seus textos. Já os que ganharam nas categorias de desenho/fotografia ou na de escultura, os seus trabalhos serão projectados.

Ao contrário do que aconteceu o ano passado, desta vez, o evento não será transmitido online, porém vai ser gravado e ficará disponível no canal de YouTube do Clássico em Rede.

Sobre o futuro deste projecto: “É para continuar a expandir e queremos alargar a um maior número de escolas. É persistir a estimular os alunos cada vez mais a terem uma cultura humanista, a pensarem sobre as grandes questões da condição humana e a expressarem-se criativamente através delas.”


Texto editado por Bárbara Wong

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