Alma Viva, de Cristèle Alves Meira, lidera nomeações aos prémios Sophia

Os filmes Nunca Nada Aconteceu, de Gonçalo Galvão Teles, e Restos do Vento, de Tiago Guedes, são os seus principais competidores nos prémios da Academia Portuguesa de Cinema.

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Alma Viva, de Cristèle Alves Meira, protagonizado por Lua Michel, na foto.

O filme Alma Viva, da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira, é o que tem mais nomeações aos prémios de cinema português Sophia 2023. Já o prémio de carreira será atribuído ao argumentista Carlos Saboga, anunciou esta quarta-feira a Academia Portuguesa de Cinema.

De acordo com a lista de nomeados para a 21.ª edição dos prémios Sophia, Alma Viva soma 13 nomeações, mais duas do que as conseguidas por Nunca Nada Aconteceu, de Gonçalo Galvão Teles, e Restos do Vento, de Tiago Guedes.

Primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira, Alma Viva estreou-se nos cinemas em Outubro passado e foi o candidato de Portugal a uma nomeação para os Óscares.

O filme, que conta com as interpretações de Lua Michel, Ana Padrão e Ester Catalão, entre outros, é um microcosmo sobre laços familiares, emigração, misticismo e a cultura transmontana, tendo sido integralmente rodado em Junqueira, concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes do lado materno. As filmagens também contaram com actores não profissionais da localidade.

Produzido pela MidasFilmes, Alma Viva está nomeado para Melhor Filme, Realização, Argumento Original, Actriz Principal (pela interpretação de Lua Michel), e Direcção de Fotografia, assinada por Rui Poças.

Para o Sophia de Melhor Filme estão ainda indicados Lobo e Cão, de Cláudia Varejão, e os já referidos Restos do Vento e Nunca Nada Aconteceu. Cláudia Varejão, Tiago Guedes e Gonçalo Galvão Teles disputam ainda com Cristèle Alves Meira o Sophia de Melhor Realização.

Na categoria de Melhor Longa-Metragem Documental surgem Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca, Entre Ilhas, de Amaya Sumpsi, Objetos de Luz, de Acácio de Almeida e Marie Carré, e Um Corpo que Dança –​ Ballet Gulbenkian 1965-2005, de Marco Martins.

Para o prémio de Melhor Série/Telefilme foram seleccionados 3 Mulheres –Pós-Revolução, de Fernando Vendrell e Elsa Garcia, Causa Própria, de Edgar Medina e Rui Cardoso Martins, Cuba Libre, de Henrique Oliveira, e Vanda, de Patrícia Müller.

Entre as curtas-metragens nomeadas, destaque para as da área da animação, no ano do centenário do cinema de animação, e de várias distinções para o cinema português.

Para o Sophia de Melhor Curta-Metragem de Animação estão indicados Garrano, de Vasco Sá e David Doutel, Ice Merchants, de João Gonzalez, O Casaco Rosa, de Mónica Santos, e O Homem do Lixo", de Laura Gonçalves.

O vencedor do prémio de carreira desta edição, Carlos Saboga, é um "argumentista de referência do cinema português desde os anos 1980, escreveu filmes de António-Pedro Vasconcelos, Luís Galvão Telles, Fernando Lopes, Raul Ruiz, Valéria Sarmiento e Mário Barroso, tendo também escrito e realizado os seus próprios filmes (Photo, A Uma Hora Incerta)", refere a academia. Saboga já tinha sido distinguido nos Sophia em 2013, quando recebeu o prémio de melhor argumento original para o filme As Linhas de Wellington.

A cerimónia dos prémios Sophia está marcada para o dia 21 de Maio no Casino Estoril, em Cascais, com transmissão na RTP2.

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