Um crime hediondo, um filme e um punhado de canções

Para lá do filme e das canções, o rosto desfigurado de Emmett Till deve continuar a assombrar-nos. Como alerta.

Foto
Emmett Till DR

Foi em Agosto, num Verão americano. Um rapaz da cidade foi passar uns dias ao campo e não voltou vivo. Dito assim, podia ser uma história trivial, manchada por um fatal acidente. Mas não houve acidente algum. Houve, sim, um crime hediondo, motivado por um dos mais repugnantes sentimentos que envenenam a humanidade: o ódio racial. O rapaz chamava-se Emmett Louis Till, vivia com a mãe em Chicago e foi brutalmente linchado na cidade de Money, no Mississípi, por ter ousado assobiar a uma mulher branca. Tinha 14 anos e ficou de tal modo desfigurado que a mãe insistiu que o seu cadáver fosse exposto em Chicago, para que, ao vê-lo, todos pudessem sentir a criminosa face do racismo. Emmett, jovem negro, foi assassinado há quase 68 anos, no dia 28 de Agosto de 1955, e esta quinta-feira chega às salas portuguesas um filme baseado na sua história e na saga judicial que se seguiu ao crime, do qual foram absolvidos em tribunal os assassinos.

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