Um desenho sobre a pedofilia para os bispos portugueses

O discurso eclesial continua poluído pelo clericalismo, pela falta de empatia e, com boa probabilidade, pelas dores de consciência de alguns bispos a quem falta a coragem para fazer o que se impõe.

Como demasiados bispos portugueses continuam sem perceber o que está em causa na tragédia dos abusos de menores na Igreja, talvez valha a pena fazer um desenho. A questão da pedofilia é particularmente grave e chocante não por causa dos crimes individuais de certos padres – porque aí é válido o argumento de que a pedofilia existe em todo o lado, e a maior parte dos abusos ocorre no seio da família –, mas porque a estrutura da Igreja Católica esteve activamente envolvida no seu encobrimento, das paróquias às dioceses, das províncias eclesiásticas ao Vaticano. A Igreja escondeu casos, permitiu a continuidade das condutas criminosas e, através da rotação dos padres pedófilos, potenciou o número de abusos. Em todo o lado. Em todo o mundo.

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