Após o patriótico buxo, uma decisão digna de calhaus

Se manter brasões coloniais em forma de buxo já era absolutamente ridículo há dez anos, a decisão de agora os perpetuar em pedra e cantaria é do domínio do absurdo.

Na terça-feira foi finalmente inaugurada a nova versão da Praça do Império, em Lisboa. Acompanho o psicodrama vegetal desde 2014, e dá-se esta triste ironia: eu, que tenho enchido esta página de furiosos textos anti-woke, vejo-me obrigado a ficar ao lado daqueles que acham que o cultivo – no sentido literal e metafórico do termo – de símbolos do passado colonial não tem pinga de sentido neste contexto. Se manter brasões coloniais em forma de buxo já era absolutamente ridículo há dez anos, a decisão de agora os perpetuar em pedra e cantaria é do domínio do absurdo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 67 comentários