Jill Biden operada para remover lesões cutâneas cancerosas

A primeira-dama, de 71 anos, contou com a companhia do Presidente Joe Biden, tendo passado mais de oito horas no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed.

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Jill Biden tem 71 anos Reuters/JONATHAN ERNST

A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, foi submetida a um procedimento cirúrgico para remover lesões de pele cancerosas do seu rosto e peito, nesta quarta-feira. Uma terceira lesão foi removida da sua pálpebra esquerda e enviada para exame, informou o médico da Casa Branca.

A primeira-dama, de 71 anos, contou sempre com a companhia do Presidente Joe Biden, tendo passado mais de oito horas no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed para o procedimento ambulatório, no qual todo o tecido cancerígeno foi removido, asseverou o médico da Casa Branca.

De acordo com a porta-voz de Jill Biden, Vanessa Valdivia, a primeira-dama estava “a sentir-se bem e de bom humor”.

Na declaração do médico Kevin O'Connor lê-se que a intervenção “confirmou que a pequena lesão [por cima do olho direito] era um carcinoma basocelular”.

“Todo o tecido canceroso foi removido com sucesso, e as margens estavam livres de qualquer resíduo de células cancerosas. Iremos monitorizar a área à medida que cicatrizar, mas não prevemos que sejam necessários mais procedimentos”, esclareceu O'Connor.

Além disso, foi descoberta uma pequena lesão na pálpebra esquerda, que foi totalmente excisada e enviada para novo exame, disse o clínico.

Durante a sua consulta pré-operatória, foi identificada uma “área preocupante” adicional no lado esquerdo do peito da primeira-dama, e era consistente com um potencial carcinoma basocelular, disse O'Connor. Esta lesão também foi excisada e o carcinoma basocelular foi confirmado. “Mais uma vez, todo o tecido canceroso foi removido com sucesso”, garantiu.

As lesões do carcinoma basocelular não tendem a “espalhar-se”, processo identificado como metástase, como alguns cancros cutâneos mais graves, como o melanoma ou o carcinoma espinocelular, acrescentou o médico. Têm, contudo, o potencial de aumentar de tamanho, resultando numa questão mais significativa, bem como num desafio maior para a remoção cirúrgica, esclareceu.

Após a cirurgia, Jill Biden estava um pouco inchada e tinha um hematoma facial, mas estava de bom humor e a sentir-se bem, disse O'Connor.

O Presidente e a primeira-dama chegaram às instalações de Walter Reed, em Bethesda, Maryland, pouco depois das 8h locais (13h, em Lisboa) de quarta-feira.

O Presidente Biden “queria estar presente para a apoiar”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. “Estão casados há 45 anos e ele queria estar lá com a sua mulher.”

A primeira-dama foi submetida a um procedimento comum conhecido como cirurgia Mohs para remover e examinar o tecido.

A cirurgia de Mohs envolve o corte de camadas finas de pele, sendo cada uma examinada para detectar sinais de cancro. O processo continua até que não os haja, preservando o tecido saudável e reduzindo a necessidade de tratamento adicional.

Os Biden estão, há muito, envolvidos nos esforços do combate ao cancro. No ano passado, o Presidente Biden anunciou uma iniciativa para reduzir a taxa de mortalidade por cancro em pelo menos 50% durante os próximos 25 anos, como parte de um esforço para reavivar o programa Cancer Moonshot, que começou enquanto era vice-presidente do Presidente democrata Barack Obama.

O filho de Biden, Beau, morreu de cancro do cérebro, em 2015, aos 46 anos de idade.

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