Restaurante d’A Brasileira, no Porto, com “conceito ainda mais ligado às raízes”

O restaurante A Brasileira, mesmo ao lado do icónico café do Porto, apresenta “um conceito mais ligado às raízes” e vontade de “voltar aos números de 2019”.

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Restaurante A Brasileira, no Porto, apresenta “um conceito mais ligado às raízes” e vontade de “voltar aos números de 2019” DR/Grupo Pestana
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Depois de dois anos encerrado devido à pandemia, o restaurante A Brasileira, mesmo ao lado do icónico café que dá nome e mote a todo o edifício, renovado e reaberto em 2018 pelo grupo Pestana (integra 89 quatros nos pisos superiores), voltou a abrir portas ao público no ano passado, com uma nova carta.

A gastronomia tradicional portuguesa continua a inspirar todo o menu, mas a ideia é, por um lado, trazer “um conceito ainda mais ligado às raízes”, com pratos sob encomenda antecipada ao fim-de-semana, idealizados para famílias, como robalo ao sal ou cozido à Portuguesa, por exemplo; mas também adaptar o receituário às novas tendências associadas a comida saudável ou vegetariana/vegana.

É assim que na carta surge, entre as entradas disponíveis, uma salada de quinoa, abóbora e couve-flor, guarnecida com um vinagrete de framboesa, “muito leve”; ou, nos pratos vegetarianos, uma tão surpreendente quanto saborosa cabidela de beterraba.

Uma vez que não leva qualquer ingrediente de origem animal, o sabor não se aproxima da versão tradicional, claro, mas, excluindo o sangue e a carne, “a confecção é exactamente igual”, aponta o chef André Coutinho. Leva o arroz, tingido no rosa-avermelhado da beterraba e, a coroar o prato, num crocante branco muito fino; assim como o avinagrado, nomeadamente nos pickles caseiros de beterraba e cenoura; e os gomos de laranja, que não só limpam o palato numa explosão de frescura, como dão ânimo irresistível para mais uma garfada.

“Cada vez mais tentamos desconstruir o que é nosso”, conta o chef ao apresentar o prato. “O nosso restaurante é mesmo isso: tentar ir buscar as tradições e interpretar com algumas técnicas mais modernas e vanguardistas, também associadas a pratos bonitos e apresentações diferentes, mas sempre com o input do que é tradicional na gastronomia portuguesa.”

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Restaurante integra edifício do histórico café A Brasileira DR
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A carta tenta “ir buscar as tradições e interpretar com algumas técnicas mais modernas e vanguardistas (...) sempre com o input do que é tradicional na gastronomia portuguesa” DR

O bacalhau à Brás, por exemplo, surge com um pó de azeitona por cima e uma “textura de escangalhado”, mas com “muita leveza e cremosidade”, atribuída pelas “pontinhas de gema a baixa temperatura”. Já o prato de carne aproxima-se tematicamente à Brasileira, com “galinha” pintada e cenouras assadas com as borras do café.

O “desafio” passa agora por “reposicionar o restaurante” e, a pouco e pouco, “voltar aos números de 2019”, aponta Daniel Mariz, director-geral do Pestana Porto Brasileira. Durante a semana, há ainda um menu de almoço com entrada, prato principal e sobremesa, por 18€, “com sugestões que variam semanalmente” e que tem como objectivo atrair quem trabalha nos arredores. “Porque a ideia d'A Brasileira sempre foi também conquistar as pessoas do Porto.”


A Fugas esteve n'A Brasileira a convite do grupo Pestana

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