O Kanazawa de Paulo Morais recebeu uma estrela Michelin justa e tirada a ferros

A atribuição da primeira estrela ao Kanazawa foi a notícia mais saborosa dos últimos tempos. Não se percebe é por que razão demorou cinco anos a chegar.

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O chef Paulo Morais no restaurante Kanasawa Nuno Ferreira Santos

É piada recorrente no Douro dizer-se que se Deus descesse ao Pinhão para perceber o vinho do Porto regressaria ao céu ainda mais ignorante e confuso (nós cá acreditamos que não é sequer piada). Quando, na semana passada, alguém, a olhar para o telemóvel, nos anunciou que o Kanazawa de Paulo Morais acabava de ganhar uma estrela Michelin, a nossa primeira reacção foi naquele modo de “Ok, está bem, deixa-te de tretas, diz lá que migalhas nos calharam?” E foi já com o telemóvel alheio em frente aos nossos olhos que confirmámos a veracidade da notícia. À alegria (foi mesmo a melhor notícia desta edição do Guia Michelin), ocorreu-nos de imediato que a tal piada do Douro e do vinho do Porto assenta na perfeição ao enigmático modo de trabalhar dos senhores do Guia Michelin (edição ibérica governada a partir de Madrid). Não se percebe nada disso.

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