A ingerência do Estado no mercado da energia

Se há momentos em que o papel do Estado tem de ser excepcional, é exactamente em momentos excepcionais. Como estes.

O Estado deve intervir na economia quando há falhas de mercado, reconhece até o credo liberal, e é por essa razão que a crescente ingerência dos poderes públicos num mercado sensível como o da energia não está a causar grandes batalhas ideológicas. A Europa vive uma emergência e, em rigor, o mercado de energia é altamente regulado. Mas a fórmula que determina os seus preços, muito associada aos custos do gás, esgotou-se. Está na hora de a Comissão Europeia e os Estados-membros intervirem. Em Portugal, o Governo seguiu esse caminho, ao permitir que os consumidores do mercado liberalizado migrem para o regulado, o que acaba por ser uma sentença de morte aos passos que se deram a caminho da liberalização.

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