Terceira onda de calor a partir de sábado, avisa presidente do IPMA

Miguel Miranda explicou aos ministros da Administração Interna e da Agricultura quais os perigos que persistem. “Gostávamos de transmitir notícias mais optimistas mas infelizmente não é possível”, disse no fim do encontro.

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Reunião de Miguel Miranda com José Luís Carneiro e Maria do Céu Antunes foi na manhã desta quarta-feira LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

O presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou esta quarta-feira que o país vai passar por uma terceira onda de calor a partir de sábado, dia 20. Depois de uma reunião com os ministros da Administração Interna e da Agricultura, Miguel Miranda deixou o alerta: “O problema do perigo de incêndio rural está ainda a meio da campanha.”

O perigo existe “em particular aqui no continente”, acrescentou. “Passámos uma onda de calor de grande intensidade que chegou a temperaturas que quase rondaram os 50º graus [Celsius]. Passámos uma segunda onda de calor com menos intensidade mas, mesmo assim, com muito impacto. E vamos passar uma terceira onda de calor provavelmente dentro de dias.”

Por isso, alertou: “A necessidade que sentimos de transmitir que o problema do perigo de incêndio rural em Portugal está ainda a meio da campanha. Falta metade de Agosto, Setembro e não sabemos quanto tempo de Outubro. Temos um sistema natural que está extremamente fragilizado e temos ainda um mês e meio pela frente, pelo menos, para sermos capazes de ultrapassar.”

“As previsões não são positivas do ponto de vista da precipitação”, provavelmente “Setembro será um pouco mais seco e um pouco mais quente”, como têm sido os meses anteriores, acrescentou.

“Gostávamos de transmitir notícias mais optimistas [aos ministros mas infelizmente não é possível”, disse no fim do encontro.

Cumprir com rigor

Miguel Miranda fez ainda questão de dirigir-se aos cidadãos para que se mantenha o cumprimento das regras em época de incêndios.

“O esforço feito até agora foi importante”, notou, “mas tem que continuar e cada vez de forma mais rigorosa para sermos capazes de chegar ao fim da época mais crítica para o desenvolvimento de fogos rurais” com o menor impacto negativo possível.

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