O PRR sem sentido de urgência

É indiscutível que Portugal tem uma oportunidade única para dar um salto em frente, mas com este ritmo, esta placidez e esta falta de energia colectiva será muito mais difícil aproveitá-la

Não é o fim do mundo porque em causa estão “apenas” 250 milhões de euros, mas a paralisia do programa Consolidar financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um sintoma de que a “bazuca” está enferrujada e a precisar de conserto urgente. Se, como disse António Costa, o PRR é “um plano de oportunidades únicas” ou “um trampolim para darmos um passo em frente”, custa a perceber como o Governo tolera a paralisia na aprovação e concessão de apoios às empresas. Quando apresentou o programa do Governo, o primeiro-ministro afirmou: “O país precisa de uma maioria sólida que acelere a execução do PRR.” Mas, até ver, não se vislumbra qualquer réstia de velocidade.

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