Governo descarta por enquanto regresso ao estado de alerta

Situação voltará a ser reavaliada na próxima terça-feira.

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Portugal esteve em situação de alerta até 21 de Julho Rui Oliveira

O Governo decidiu não repor por enquanto o estado de alerta depois de uma reunião de vários membros do executivo realizada esta manhã por videoconferência na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.

Mantêm-se, porém, restrições a nível regional, de acordo com a classificação do risco de incêndio rural. Assim, o comandante nacional de Emergência e Protecção Civil, André Fernandes, anunciou que os distritos de Beja e Faro vão estar em alerta vermelho devido ao risco de incêndios nos dias 25 e 26, razão pela qual será feito um reforço de meios nestas regiões.

Já as zonas do interior do norte e centro do país estarão em risco elevado e muito elevado, razão pela qual o pré-posicionamento de meios de combate aos fogos será mantido. Estes distritos estarão em alerta laranja.

A situação será reavaliada na próxima terça-feira.

Após o encontro com os seus colegas das áreas da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Acção Climática e da Agricultura, para avaliação das condições meteorológicas dos próximos dias, a secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, explicou à comunicação social qual o panorama expectável: “Vamos encontrar-nos perante um cenário típico de Verão que contempla o aumento do vento no interior Norte e Centro e também no Baixo Alentejo e no Algarve, cenário compensado por uma baixa das temperaturas - embora não muito significativa -, mas agravado pela seca”.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que de resto também teve representantes no encontro deste domingo de manhã, à semelhança da Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais, o ano hidrológico em curso é o segundo mais seco desde 1931, com valores de precipitação inferiores ao normal em quase todos os meses, à excepção de Março. Metade do território nacional encontra-se em situação de seca severa e o resto em seca extrema.

Patrícia Gaspar fez uma ressalva: “Preocupa-nos muito uso das maquinarias agrícolas, todo o cuidado continua a ser pouco”. Por isso, as associações do sector vão ser alvo de novas recomendações. “É fundamental adequarmos os nossos comportamentos aos espaços florestais, onde continua a não ser possível fazer uso do fogo”, avisou a governante.

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