Arriva vende Transportes Sul do Tejo à empresa israelita Dan

Arriva mantém posição no grupo Barraqueiro e afirma que todos os trabalhadores da TST serão transferidos para a Dan, que terá Portugal como palco da sua primeira internacionalização.

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TST faz parte da Carris Metropolitana Miguel Manso

O grupo Arriva vendeu a empresa rodoviária TST – Transportes Sul do Tejo ao grupo Dan, de Israel, num negócio cujo valor não foi revelado. De acordo com a Arriva, que pertence ao grupo alemão Deutsche Bahn e controlava a TST desde 2002 (passou de 51% para 100% em 2003 numa operação que envolveu a Barraqueiro), a perspectiva é a de que a transacção fique concluída no final do próximo mês de Agosto de 2022. Segundo o comunicado da Arriva, a TST emprega mais de 800 trabalhadores, os quais serão todos transferidos para a Dan.

Citado no comunicado, o presidente executivo do grupo Arriva, Mike Cooper, afirmou que a decisão de vender o negócio de transporte público rodoviário de passageiros em Portugal faz parte da estratégia de futuro, com um “portfólio mais restrito”.

De acordo com fonte oficial da empresa, que detém 31,5% do grupo Barraqueiro (controlado por Humberto Pedrosa), no final do ano passado foi encerrada actividade rodoviária que a Arriva detinha em Guimarães e em Famalicão.

Quanto à Dan, esta é apresentada como a “segunda maior empresa de transportes de Israel”, que terá Portugal como a sua primeira internacionalização.

Conforme se destaca no comunicado, a TST ganhou “o contrato de prestação de serviço público de transporte de passageiros nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, incluindo as linhas de ligação a Lisboa, Setúbal, Barreiro e Moita, que terá início no dia 1 de Julho de 2022, utilizando 339 autocarros (290 novos)”, através da marca Carris Metropolitana, detida pela Autoridade de Transportes, TML - Transportes Metropolitanos de Lisboa.

Segundo dados da empresa, no ano passado foram validadas 22,2 milhões de viagens de passageiros, um número acima dos 20,4 milhões de 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19, mas ainda abaixo dos 37,8 milhões de 2019.

Além do transporte público de passageiros, a empresa opera também no segmento de aluguer de autocarros. O último relatório e contas disponível é referente ao ano de 2018, período em que a empresa registou um volume de negócios de 44,8 milhões de euros (ligeiramente acima dos 43,1 milhões do ano anterior) e um prejuízo de 2,4 milhões de (face a prejuízos de 2,9 milhões em 2017).

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