Portugal aceitou 29.318 pedidos de protecção temporária desde o início da invasão russa

Entre as pessoas que pediram protecção estão 45 crianças desacompanhadas

Foto
EPA/Darek Delmanowicz

Portugal aceitou 29.318 pedidos de protecção temporária de cidadãos ucranianos e de outras nacionalidades residentes na Ucrânia, desde o início da ofensiva russa naquele país, a 24 de Fevereiro, anunciou este sábado o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Há 10.292 menores entre a população que pediu protecção a Portugal e que recebeu resposta positiva.

Durante o processo para protecção temporária em Portugal, os cidadãos têm acesso aos números de Identificação Fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pelo que podem beneficiar destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

Os menores de 18 anos já somam 10.292. Segundo a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, pelo menos 45 menores ucranianos chegaram a Portugal sem acompanhamento de familiares desde o início da guerra até quinta-feira, tendo as situações sido comunicadas às Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ).

O SEF tem uma plataforma online, em três línguas, para pedidos de protecção temporária por residentes ucranianos. A SEFforUkraine.sef.pt “possibilita a todos os cidadãos ucranianos e membros do seu agregado familiar, bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer online um pedido de protecção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses”. A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspectos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Sugerir correcção
Comentar