Empresa portuguesa cria “médico virtual” para o SNS

O sistema chatbot adapta-se “à realidade de cada unidade do SNS”. Melhorar a decisão clínica, aumentar a capacidade de resposta e prevenir o erro médico estão entre os objectivos. Neste momento, já aderiram ao “médico virtual” 14 unidades hospitalares.

Foto
Já aderiram ao "médico virtual" 14 hospitais LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

A empresa portuguesa Dioscope anunciou, nesta sexta-feira, a criação de um “médico virtual” para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo um comunicado da startup (empresa emergente), o assistente médico digital – criado pelos médicos dos próprios hospitais e que está em fase final de implementação – “é um sistema de apoio à decisão clínica, adaptado à realidade de cada unidade do SNS”.

Segundo a empresa, o chatbot (programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas) “melhora a decisão clínica em tempo real, aumentando a capacidade de resposta dos hospitais”, ao mesmo tempo que permite “prevenir o erro médico” e, assim, reforçar a segurança dos doentes.

“Podemos explicar estes sistemas como um “médico virtual” capaz de comunicar e ajudar os médicos “reais” que estão no serviço de urgência, na linha da frente, melhorando tempos de espera e diminuindo o erro”, explica em comunicado o médico Tomás Pessoa e Costa, fundador da Dioscope.

Para já, 14 hospitais aderiram ao “médico virtual” – Hospital de São João; Hospital Egas Moniz; Hospital de São José; Hospital de Santa Marta; Hospital Curry Cabral; Hospital da Estefânia; Maternidade Alfredo da Costa; Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga; Centro Hospitalar Médio Tejo e Alto Douro; Centro Hospitalar Oeste; Hospital de Santo André; Hospital de Distrital de Pombal; Hospital de Alcobaça; e Centro Hospitalar de Leiria.

A startup prossegue as negociações com outras unidades do SNS, assumindo o objectivo de “levar esta solução a todos os médicos portugueses até ao final do ano de 2022”.

A Dioscope começou por criar, em 2018, uma plataforma para formação médica digital, mas, no ano passado, “como consequência do sistema de saúde sobrecarregado pela pandemia”, decidiu “dar um passo em frente e criar o “médico virtual"”.

Sugerir correcção
Comentar