FDA avisa que testes de antigénio podem ser menos sensíveis a detectar a Ómicron

A agência realça que, no geral, os testes de antigénio são menos sensíveis e menos propensos a detectar infecções muito precoces em comparação com os testes moleculares (como os de PCR).

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Teste rápido de antigénio: se existir uma linha no T e C, está positivo; se só houver uma linha no C, está negativo; nos outros casos é inválido MANUEL DE ALMEIDA/Lusa

Dados preliminares mostram que os testes de antigénio detectam a variante Ómicron, mas que podem ter uma sensibilidade reduzida, avisou nesta terça-feira a agência reguladora do medicamento dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA).

Numa nota actualizada na terça-feira, a FDA contextualiza que a presença de mutações no coronavírus SARS-CoV-2 num doente pode, potencialmente, ter impacto no desempenho dos testes. “O impacto de mutações no desempenho dos testes é influenciado por diversos factores, incluindo a sequência da variante, a concepção do teste e a prevalência da variante na população”, lê-se.

O desempenho dos testes está constantemente a ser analisado. Agora, em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, a FDA estudou o desempenho de testes de antigénio com amostras de doentes infectados com a Ómicron. O que se viu? “Dados preliminares sugerem que os testes de antigénio detectam a variante Ómicron, mas que podem ter uma sensibilidade reduzida”, refere-se na nota da FDA.

A agência realça que os testes de antigénio são, geralmente, menos sensíveis e que são menos propensos a detectar infecções muito precoces em comparação com os testes moleculares (nomeadamente PCR). A FDA continua a autorizar o uso destes testes e os indivíduos devem continuar a utilizá-los.

Mesmo assim, volta a insistir que, se uma pessoa tiver um resultado negativo com um teste de antigénio e se suspeita de que tenha covid-19, deve fazer um teste molecular para ter a certeza se está (ou não) infectada com o vírus SARS-CoV-2.

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