Antigo ministro António Mendonça vai ser o novo bastonário da Ordem dos Economistas

Acto eleitoral para o quadriénio 2022-2025 foi o primeiro, na história da ordem, que contou com duas listas concorrentes.

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António Mendonça será o novo rosto à frente da Ordem dos Economistas Pedro Cunha

O antigo ministro António Mendonça foi eleito bastonário da Ordem dos Economistas, depois de ter ganhado as eleições desta sexta-feira por 37 votos, sucedendo assim a Rui Leão Martinho, disse à Lusa fonte oficial da instituição.

Segundo os resultados oficiais, a lista B, encabeçada pelo docente universitário do ISEG e antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações entre 2009 e 2011 (Governo PS), obteve 897 votos, mais 37 que a lista opositora.

A lista A encabeçada por Pedro Reis, antigo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) entre 2011 e 2014, e actualmente no BCP, obteve 860 votos, e contava com o apoio do bastonário cessante, Rui Leão Martinho.

De acordo com o calendário eleitoral, a tomada de posse dos membros eleitos no sufrágio, que incluem as delegações regionais, está marcada para dia 30 de Dezembro.

Para os colégios de especialidade de Economia Política, Análise Financeira venceram os candidatos da lista B, liderada por António Mendonça, ao passo que nas especialidades de Economia e Gestão Empresariais, Auditoria, Gestão de Insolvências e Recuperação de Empresas e Gestão e Consultoria Fiscal venceram os da lista A, encabeçada por Pedro Reis.

Já para o Conselho Geral, Direcção, Conselho Fiscal e Conselho de Supervisão e Disciplina, a vitória coube integralmente a candidatos da lista de António Mendonça.

Em declarações à Lusa, o ainda bastonário Rui Leão Martinho salientou que aquele acto eleitoral “foi o primeiro que teve duas listas” na história da Ordem, “o que o tornou mais interessante e concorrencial”.

“Acabou por ter uma afluência perto dos 1800 eleitores, o que é relativamente baixo para os cerca de 8000 que estavam em condições de votar”, disse à Lusa.

Rui Leão Martinho salientou ainda que, com o método de Hondt, “a maioria dos órgãos vai ficar com uma composição mista das duas listas concorrentes”.

Quanto à passagem de testemunho para António Mendonça, da lista que não apoiou, Leão Martinho afirmou que será “natural”.

Fazendo um balanço dos seus três mandatos, Rui Leão Martinho salientou as duas crises, a financeira e a pandémica, afirmando ainda ter “reorganizado” a Ordem dos Economistas “como ela não estava”.

“Nós tínhamos dois colégios da especialidade, os macro-economistas e os gestores ou micro-economistas, hoje temos mais quatro novos colégios da especialidade, com as variadíssimas expertises’ [competências específicas] dos membros da Ordem”, lembrou.

Rui Leão Martinho salientou ainda a aquisição da sede da Ordem, a manutenção de “uma reserva de mais de dois milhões de euros, o que significa que a situação financeira da ordem é saudável”, e ainda assinalou que “todos os anos teve resultados positivos”.

“Desejo agora que a Ordem siga um caminho, à mesma, de crescimento, de consolidação, e sobretudo de união das suas várias facções e maneiras de pensar, porque evidentemente que se não nos unirmos, a força perde-se um pouco”, concluiu.

As eleições para o quadriénio 2022-2025 decorreram em formato presencial nas várias delegações da Ordem, bem como por via electrónica, entre as 9h00 e as 19h00, tendo sido aceites também votos por correspondência recebidos até ao fecho das urnas.

A Ordem dos Economistas foi criada em 1998 e conta actualmente com cerca de 10.000 membros.

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