Nazaré da Costa Cabral: Transição ambiental vai onerar “sobretudo os contribuintes”

Conselho de Finanças Públicas está a analisar o impacto das transições, estando para “dentro em breve” a publicação de um relatório “sobre riscos e sustentabilidade”, avançou Nazaré da Costa Cabral

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Nazaré da Costa Cabral é presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) Daniel Rocha

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré da Costa Cabral, alertou hoje em Lisboa que a transição ambiental terá impactos directos e indirectos nos países, onerando “sobretudo os contribuintes”.

“Do ponto de vista dos impactos financeiros, [há] impactos directos e outros mais indirectos, e que vão onerar os países, vão onerar os governos e vão onerar, sobretudo, os contribuintes”, disse Nazaré da Costa Cabral, falando acerca da transição ambiental, hoje no Congresso Nacional dos Economistas, que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A responsável referiu, precisamente, que no CFP está a ser estudado o impacto das transições, estando para “dentro em breve” a publicação de um “relatório, justamente, sobre riscos e sustentabilidade”, avaliando “a questão dos impactos para as finanças públicas” que a transição ambiental vai ter.

Já no âmbito da transição digital, numa apresentação que iniciou o debate “PME - Que obstáculos ao processo de crescimento”, Nazaré da Costa Cabral já tinha referido que a “digitalização deve ser encarada pelas PME e pelas empresas em geral como um bom vento de mudança”.

“A digitalização, pela desmaterialização que envolve, pode implicar desintermediação, aceleração dos processos produtivos, redução de custos, incluindo custos de transacção e comunicação, mudança nas cadeias de valor, designadamente uma maior facilidade na colocação de bens e serviços junto do consumidor final”, sustentou.

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