Há uma casa decorada 100% em português para visitar em Lisboa

A loja de decoração e mobiliário português Santo Infante abre ao público esta quinta-feira, 18 de Novembro, uma loja pop up e Casa Aberta na Rua de Santos-o-Velho, números 6 a 10, em Lisboa.

exposicao,natal,decoracao,design,artes,lisboa,
Fotogaleria
Da mesa de jantar, ao tapete, ao sofá, às louças de casa de banho, aos têxteis é tudo nacional Marta Poppe
exposicao,natal,decoracao,design,artes,lisboa,
Fotogaleria
A sala de jantar Marta Poppe
exposicao,natal,decoracao,design,artes,lisboa,
Fotogaleria
A sala de estar Marta Poppe
exposicao,natal,decoracao,design,artes,lisboa,
Fotogaleria
A casa tem uma traça tipicamente portuguesa Marta Poppe
casa,impar,decoracao,design,lisboa,
Fotogaleria
A cama é da Join Marta Poppe
casa,impar,decoracao,design,lisboa,
Fotogaleria
A sala de estar Marta Poppe

Em Lisboa, na Rua de Santos-o-Velho, números 6 a 10, há uma casa portuguesa, com certeza. A loja de decoração e mobiliário português Santo Infante abre ao público nesta quinta-feira, 18 de Novembro, uma loja pop up e uma casa aberta. O objectivo, explica a fundadora do projecto, Paz Braga, ao PÚBLICO, é mostrar que “se uma pessoa quiser” consegue mobilar e decorar uma casa só com marcas nacionais. Bago, Dam, Join, Saudade Design, Sebastião Lobo, e Soso são algumas das mais de 70 marcas presentes no evento, até 18 de Dezembro.

A montra da loja pop up é uma réplica do vidro marcante da loja Santo Infante, na Avenida Infante Santo, em Lisboa, onde se lê “Desenhado em Português”, na caligrafia do designer gráfico Mário Feliciano. Nesta pequena loja, aberta até dia 8 de Janeiro, podem encontrar-se mais de sete dezenas de marcas portuguesas de decoração. Mas é na porta ao lado à loja que está o segredo — se estiver fechada, não tenha pudores e, entre as 14h e as 19h, de terça-feira a sábado, toque à campainha.

Ao cimo das escadas encontra-se um T3 de traça tradicional, onde não faltam o soalho em madeira e o rodapé de azulejos. No primeiro andar fica a cozinha e a espaçosa sala de estar e de jantar. “A ideia foi tentarmos incorporar pelo menos um exemplo de cada uma das 70 marcas”, explica a arquitecta Paz Braga, que ainda vai renovar o prédio. Hoje, garante, decorar uma casa totalmente em português já não é uma tarefa hercúlea e este projecto é prova disso. Da mesa de jantar, ao tapete, ao sofá, às louças de casa de banho, aos têxteis é tudo nacional.

Foto
Marta Poppe

Além da sala e da cozinha, a casa tem dois quartos — um de casal e outro de criança —, um escritório e duas casas de banho. Uma das casas de banho promete surpreender os visitantes com uma instalação artística da pintora Laura Rebelo. Se nunca viu um jardim numa banheira, tem aqui uma oportunidade, com paisagismo da florista Lizgarden. Todo o projecto foi preparado em tempo recorde, pouco mais de um mês, recorda Paz Braga, enquanto faz uma visita guiada pelo imóvel.

Esta casa não é apenas uma exposição porque é possível comprar tudo o que está exposto. À entrada encontra-se um catálogo com um código QR que facilita o processo. As peças mais pequenas podem ser compradas na loja do rés-do-chão, já o mobiliário é encomendado. Paz Braga lembra que a casa aberta é também uma amostra do serviço da Santo Infante, que tem sido procurada para auxiliar não só a decoração de casas ou divisões inteiras, mas também para pequenos detalhes: por exemplo, compor a estante de uma sala. “O nosso papel é divulgar e mostrar o que há no mercado português”, resume.

Para visitar a casa aberta, a entrada é gratuita, só paga se quiser assistir a um dos vários workshops agendados. “A este tipo de eventos de decoração tendencialmente só viriam pessoas da área. Por isso, criamos um conjunto de acções para que a casa seja vivida por diferentes tipos de pessoas, desde amantes de plantas aos de café”, explica o co-fundador do projecto, Gonçalo Braga. O primeiro evento é já neste sábado, dia 20, com Sara Diniz, que irá ensinar técnicas de tingimento natural. Será, ainda, possível aprender sobre café ou a fazer uma coroa de Natal.

A propósito do Natal, a Santo Infante lança três caixas temáticas com marcas portuguesas. A caixa Santo Pão (90€) conta com um saco de pão Karaka, uma cerâmica San Pi, uma face Alentejo Azul, um creme de avelã da Gleba e uma ilustração Carolina Celas. Já a caixa Santo Grão (120€) contém dois tipos de café da Sargento Martinho e da So Cofee Roasters, uma colher Sebastião Lobo, uma chávena San Pi, um individual Teresa Gameiro, uma ilustração Kr.us. A caixa Santo Sabão (65€) traz uma saboneteira Alentejo Azul, um sabonete Daki, uma bolsa Noma, um copo San Pi e uma ilustração Teresa Rego. Há 20 exemplares de cada caixa, à venda na loja pop up e na casa-mãe na Avenida Infante Santo.

Foto
Paulo Dinis

Criar sinergias entre as várias marcas portuguesas é outro dos objectivos da Santo Infante, que encontrou na época festiva a oportunidade para o fazer. “Há oportunidades para todos. Isto não é uma competição. Esta casa aberta ganha muito mais em estar assim, com 70 marcas, do que se eu tivesse organizado um showroom com três”, sublinha Paz Braga. A arquitecta deixa a promessa de replicar o evento anualmente, noutras localizações e cada vez com mais marcas. 

Sugerir correcção
Comentar