A Amadora BD volta a ter dimensão física na sua 32.ª edição

O festival de banda desenhada regressa esta quinta-feira, estendendo-se até 1 de Novembro. Michel Vaillant, Lucky Luke, Mulher Maravilha ou a História do Mangá em destaque nesta edição.

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Akira é uma das sagas em destaque na exposição sobre A História do Mangá dr

Depois de um ano em que se viu reduzida ao mundo virtual, a Amadora BD está de volta para a sua 32.ª edição. É, diz ao PÚBLICO a directora Catarina Valente, “um ano de retoma”. “Adoptámos um modelo descentralizado de programação”, conta, referindo os espaços em que decorre o festival que arranca esta quinta-feira e se prolonga até dia 1 de Novembro. Além do núcleo central no Ski Skate Amadora Park, que receberá mais exposições, há também exposições importantes na Galeria Municipal Artur Bual e na Bedeteca da Amadora.

O programa, declara a responsável, começou a ser delineado na sequência de um documentário, disponível no Vimeo, sobre as três décadas do festival. “Alguns dos elementos visuais do documentário estão no cartaz e na comunicação visual do evento. Há a influência de uma distopia, uma cidade do futuro, quase Blade Runner e steampunk, que foi transversal à curadoria do cartaz, da arquitectura e da cenografia dos espaços. É uma estética que está presente em todo o recinto”, menciona a directora.

No núcleo central haverá espaço para evocar a História do Mangá, os 80 anos da Mulher Maravilha e os 75 anos de Lucky Luke, bem como a sobrevida de Michel Vaillant após a morte, no início do ano, de Jean Graton. “A exposição sobre mangá é transversal e aborda a sua influência na cultura ocidental e como a sua popularidade transcende o Japão”, conta a directora, referindo sagas como Akira, Naruto, One Piece, Dragon Ball, Lobo Solitário ou Astro Boy.

Quanto à Mulher Maravilha, a directora explica que é a primeira vez que o festival apresenta “uma exposição com uma heroína feminina”, e que haverá trabalhos originais de Miguel Mendonça e Daniel Henriques, ilustradores que trabalham para a DC Comics, bem como originais nas mãos de coleccionadores que os cederam expressamente para o efeito. No caso de Lucky Luke, ao contrário do que já aconteceu antes, serão focados, resume a responsável, “os herdeiros de Morris”, com a presença de Achdé, que continuou a desenhar a série após a morte do criador em 2001, e Mawil, um dos argumentistas.

Já na Galeria Municipal, Catarina Valente realça as retrospectivas dedicadas ao amadorense Jorge Miguel e ao brasileiro Marcello Quintanilha, que também tem espaço no núcleo central ao lado do trabalho do compatriota André Diniz. Já na Bedeteca há espaço para a novela gráfica Desvio, de Bernardo P. Carvalho e Ana Pessoa.

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