ADSE admite alterar tabelas de preços nos regimes convencionados

As novas tabelas entraram a vigor a 1 de Setembro. Mas presidente da ADSE já admite que podem ser alteradas e que vai avaliar os pedidos que têm vindo a ser feitos

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Maria Manuela Faria, presidente do conselho directivo da ADSE Rui Gaudencio

Depois de vários adiamentos, e já com dois anos depois desta a entrada em revisão, a tabela de preços com as comparticipações do regime convencionado da ADSE entrou em vigor na passada quarta-feira, 1 de Setembro. Instalada a polémica e as críticas, dois dias depois da entrada em vigor, a presidente do conselho directivo da ADSE, Maria Manuela Faria, admite, em declarações ao Eco, que ainda podem vir a ser introduzidas alterações ao documento.

“Vamos olhar agora serenamente para as tabelas, já não com a pressa da entrada em vigor e vamos ver em conjunto com os consultores médicos se as reivindicações dos prestadores têm razão de ser e se a ADSE tem capacidade de acomodar essas reclamações e pedidos de alteração de preços”, afirma Maria Manuela Faria ao Eco.

Como o PÚBLICO noticiou, houve muita contestação ao facto da tabela final ter sido conhecida praticamente em vésperas da sua publicação e entrada em vigor, e houve mesmo grupos de prestação de serviços de saúde que avisaram que não iam aplicar a tabela na sua totalidade, preferindo excluir alguns actos.

A presidente do conselho directivo da ADSE lamenta a situação, e lembra que já no passado nem todos os actos estavam abrangidos. Ainda assim, admite fazer uma avaliação das reivindicações que têm sido feitas, e fazer alterações ao documento.

Maria Manuela Faria admite que havia pressa em terminar as negociações: “Sempre disse aos prestadores que era muito importante que as tabelas saíssem a 1 de Setembro, devido aos mais de dois anos que o processo demorou e no qual tínhamos de pôr um ponto final”, afirmou a presidente. Mas é inevitável que surjam agora alterações, fruto também da monitorização que vai ser feita a partir da entrada em vigor do novo preçário de comparticipações. “As tabelas têm milhares e milhares de códigos, não quer dizer que não haja um lapso”, ou até modificações que surgem com a entrada de novos medicamentos ou técnicas cirúrgicas.

Recorde-se que a nova tabela da ADSE esteve para entrar em vigor em Junho e depois em Julho passados, mas a data foi novamente adiada para 1 de Setembro.

A ADSE recebeu 80 mil pedidos de associação de novos actos médicos em convenção e 10 mil pedidos de desassociação. Maria Manuela Faria considera que estes números são números positivos “porque a grande generalidade dos prestadores está a aderir, porque estão a pedir para associar novos actos”.

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