O PS a escorregar para o discurso populista

Num tempo em que a intolerância, o radicalismo e o anúncio do apocalipse destinado a minar a credibilidade da democracia se acentuam, espera-se mais serenidade dos dirigentes dos partidos.

Os tempos são difíceis, o Governo não sai da gestão corrente que revela o seu saber durar, as perspectivas do futuro próximo não melhoram com a promessa dos comboios rápidos ou do maná do dinheiro europeu e, neste contexto propenso à resignação, à exaltação e à desesperança, o discurso político extrema-se a cada dia que passa. Fala-se da “venezuelização” do país, como se as liberdades públicas estivessem sequestradas; alude-se a uma rede de controlo socialista, como se a liberdade de imprensa estivesse cerceada e a separação dos poderes impedida; anuncia-se a tragédia na Saúde, na Educação ou na Justiça, como se num ápice o país tivesse recuado para uma imaginária idade das trevas.

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