Os Porto Colheita também valem quando são jovens

Os sonhadores dos grandes Porto detêm-se nos Colheita de 1855 ou de 1937 que ainda circulam no mercado. A ambição pela estratosfera tem uma virtude: servir de incentivo para se experimentar os vinhos desta categoria de vindimas mais recentes. Fomos à procura de sete exemplos entre 2007 e 2011 para concluir que os Colheita jovens são bem bons de beber.

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Adriano Miranda

Os Porto Colheita têm um problema: entalados entre os Vintage que retratam com mais fidelidade o potencial de uma determinada vindima e os Porto de lotes (10 anos, 20 anos, etc.) que exprimem com mais rigor a arte da enologia e o saber das caves, ficam por vezes num limbo de incerteza ou indefinição. Injustamente. Porque apesar de terem características comuns aos vinhos de lote – é um tawny que evolui em cascos de madeira através de uma oxidação mais intensa – e aos Vintage – é um vinho de um ano em concreto , as suas características são tão distintas como valiosas. Seja pelo seu volume de boca, pela sua particular acidez e frescor ou pela textura que tantas vezes apresentam, os Colheita tanto servem para substituir um tawny de lote enquanto se lê um livro ou vê um filme, como um Vintage no momento solene de uma sobremesa. Como os tawnies, depois de abertos estes vinhos ficam bebíveis durante algumas semanas. Guarde-os no frigorífico e sirva-os frios.

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