Pestana fala em “início da retoma este ano” após prejuízo de 32 milhões

Grupo hoteleiro conseguiu amenizar o choque da pandemia devido aos negócios imobiliário e residencial.

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Grupo gere 100 hotéis divididos por 16 países Andreia Gomes Carvalho

O Pestana Hotel Group (PHG) registou um prejuízo de 32 milhões de euros no ano passado, com a pandemia de covid-19 a provocar uma queda de 57% no volume de negócios face a 2019. Em comunicado, aquele que é um dos maiores grupos do sector turístico destaca que a redução “foi especialmente significativa nas receitas no segmento da hotelaria, que apresentou uma variação negativa de 75%, a maior entre todas as áreas de negócio do PHG”.

“Há 40 anos que o grupo não apresentava resultados negativos”, afirma o presidente executivo do grupo, José Theotónio, citado no comunicado. “Esta é uma situação nova para nós”, acrescenta o gestor, destacando que o PHG tem conseguido resistir devido à “solidez” das marcas do grupo.

Mesmo assim, refere o comunicado, o grupo “registou um EBITDA [resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] positivo de 33,7 milhões de euros, que traduz o bom comportamento da área de negócio do imobiliário e residencial, que cresceu quase 12% e representou mais de 54 milhões dos proveitos totais”.

“Conseguir um EBITDA positivo de mais de 30 milhões no ano que passou deu muito mais trabalho à equipa do que os 160 milhões obtidos em cada um dos últimos três anos”, refere José Theotónio. “Bastarão os dedos de uma mão para contar as empresas turísticas com EBITDA positivo em 2020” a nível internacional, destaca o gestor do grupo, que gere 100 hotéis e está presente em 16 países.

No comunicado, a empresa diz que tem mais de 70% da capacidade hoteleira “a operar e em vias de reabrir até Julho” e que mantém em carteira “alguns investimentos previstos para 2020, assim que as condições do mercado o permitam”.

“Estamos confiantes num início da retoma já este ano”, refere José Theotónio. “Será uma retoma lenta, mas sustentada e assente numa situação pandémica controlada”, com um plano de vacinação “a decorrer a bom ritmo” o lançamento do passaporte sanitário e a “reabertura total das fronteiras”.

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