Covid-19. Portugal regista nove mortes e 423 casos. Internamentos em cuidados intensivos descem há 40 dias

País mantém-se na zona verde da matriz de risco com um índice de transmissibilidade de 0,91 e uma incidência de casos por cem mil habitantes de 77,6. Há menos 17 doentes internados do que no balanço anterior e menos um nos cuidados intensivos.

O número de doentes portugueses internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) desceu nesta quarta-feira pelo 40.º dia consecutivo (desde 13 de Fevereiro). Segundo o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS), há menos 17 pessoas hospitalizadas (num total de 695) e menos uma nos cuidados intensivos (num total de 154).

Portugal registou, esta quarta-feira, nove mortes e 423 novos casos de covid-19. No total, desde o início da pandemia, o país soma 819.210 casos confirmados e 16.814 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de quarta-feira, foram divulgados esta quinta-feira pela DGS.

O país mantém-se na zona verde da matriz de risco. Os quadrados da matriz que colocamos no topo deste artigo ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento e combinam a incidência do vírus (o número de casos por cada 100 mil habitantes) com o índice da transmissibilidade, o Rt (o número de casos de infecção a que uma pessoa com covid-19 dá origem). Se os indicadores permanecerem na área verde, o desconfinamento poderá continuar avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.

O índice de transmissibilidade (Rt) nacional fixa-se nos 0,91. Já a incidência a 14 dias por cem mil habitantes fixa-se em 77,6 novos casos se for considerado todo o país — o continente regista um valor ligeiramente abaixo: 67,7 novas infecções por 100 mil habitantes.

A incidência cumulativa da doença em Portugal tem mantido uma “tendência de descida” em todo o território nacional, mas o Rt tem vindo a aumentar, como disse André Peralta Santos, da DGS na reunião de peritos e especialistas que decorrer na terça-feira, no Infarmed.

Desta quarta-feira, há ainda a reportar mais 610 casos recuperados, num total de 770.448 recuperações desde o início da pandemia. Existem, assim, menos 196 casos activos, o que significa que 31.948 portugueses ainda lidam com a doença (o número mais baixo desde 31 de Dezembro). Há 15.035 contactos em vigilância pelas autoridades, mais 137 do que no boletim balanço.

A maior parte das vítimas mortais que figuram na última actualização tinha mais de 80 anos (foram contabilizadas seis mortes nesta faixa etária). Foi ainda registada uma morte num cidadão que tinha entre 70 e 79 anos e dois óbitos em pessoas entre os 60 e os 69 anos. Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8827 são homens e 7987 são mulheres. Das 16.814 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.086 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,9%.

Lisboa e Vale do Tejo com 43% dos novos casos

Grande parte dos novos casos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (182 novas infecções, o que corresponde a 43%) e na região Norte (126 casos, o que corresponde a 29,7%). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 329.923 casos confirmados e 5295 mortes. Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 310.443 os registos de infecção e 7111 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais.

O Centro contabiliza 116.873 infecções (59 novas) e 2995 mortes (mais uma). O Alentejo totaliza 28.953 casos (17 novos) e 967 mortes. No Algarve, há 20.572 casos de infecção (mais 22) e 351 óbitos. A Madeira regista 8443 casos de infecção (oito novos) e 67 mortes (mais uma). Já os Açores registam 4003 casos (mais nove) e 29 mortes.

No dia anterior, Portugal registou mais 11 mortes e 575 novos casos de infecção pelo novo coronavírus.

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